Please ensure Javascript is enabled for purposes of website accessibility

Apresentação DECIF Algarve 2016_4Em equipa que vence, não se mexe. A expressão usada no meio desportivo podia muito bem ser aplicada ao Dispositivo Especial de Combate a Incêndios Florestais (DECIF) do Algarve para 2016, que praticamente não muda em relação ao ano passado, em que a área ardida foi 15 vezes inferior à média dos 10 anos anteriores, apesar de ter havido dois incêndios com dimensão considerável fora do período considerado mais crítico.

Em relação ao ano de 2015, as principais novidades são a recuperação de duas equipas de Sapadores Florestais, em Lagos e Vila do Bispo, e a criação de mais uma Equipa de Municipal de Intervenção Florestal.

Apresentação DECIF Algarve 2016_6Outra medida que será introduzida, em 2016, é a criação de um Grupo de Combate a Incêndios Florestais com bombeiros que não integram as equipas de intervenção, sempre que a região esteja em alerta laranja ou superior, quanto ao risco de incêndio, «o qual será preposicionado à ordem do Comandante Operacional Regional».

«As Equipas de Sapadores Florestais têm um papel determinante, já que estão no terreno a noa todo e conhecem muito bem as áreas florestais. Nos últimos dois anos, não pudemos contar com as equipas de Lagos e Vila do Bispo, devido a um diferindo que existia localmente. Felizmente, essas questões parecem ter sido ultrapassadas e voltam agora a integrar o dispositivo», enquadrou o Comandante Operacional de Agrupamento do Algarve da Proteção Civil Vaz Pinto.

Este reforço torna-se mais precioso por se tratarem de equipas que contribuem, em muito, para a prevenção e deteção precoce de incêndios, já que um dos segredos para evitar que haja muita área ardida é dominar depressa os fogos, debelando-os nas fase de ataque inicial.

“Matar” os incêndios à nascença é a situação ideal e até é conseguida muitas vezes – «Em 2015, 98 por cento dos incêndios registados foram debelados na fase de ataque inicial» -, mas há sempre que contar com os restantes 2 por cento, em que é preciso avançar para o ataque ampliado.
Para isso, há um dispositivo permanente, que é reforçado nos períodos de maior risco de incêndio. «O dispositivo está preparado para responder de Janeiro a Dezembro. Mas há um natural reforço no período considerado mais crítico, nomeadamente nas fase Bravo, Charlie e Delta, entre 15 de Maio e 31 de Outubro», ilustrou Vaz Pinto.

Durante a fase Charlie, entre 1 de Julho e 30 de Setembro, a em que o risco de  incêndios florestais é, teoricamente, mais elevado, estarão permanentemente afetos ao DECIF do Algarve 492 homens, apoiados por 118 veículos. Durante a fase Bravo (15 de Maio a 30 de Junho) o dispositivo será composto por 372 operacionais e 89 viaturas e na Delta (1 a 31 de Outubro) 285 homens e 73 veículos.

Apresentação DECIF Algarve 2016_2Também ao nível dos meios aéreos se mantém a mesma estratégia adoptada nos últimos anos, assente em dois helicópteros de ataque inicial ligeiros e um terceiro helicóptero médio de combate, a que se soma um quarto meio aéreo, que, apesar de estar estacionado em Ourique, pode dar apoio à região do Algarve.

Estes três meios aéreos, mais um, chegam de forma faseada e só estarão em simultâneo afetos à região entre 1 de Julho e 30 de Setembro. No dia 15 de Maio, começa a operar, a partir de Monchique, um helicóptero ligeiro, equipado para o ataque inicial. A 15 de Junho passa a estar disponível um helicóptero médio de combate a incêndios, em Loulé. Durante a Fase Charlie, a de maior risco de incêndios florestais, também haverá helis ligeiros em Cachopo e em Ourique.

Antes da chegada do meio aéreo médio, estará estacionado em Loulé o helicóptero Kamov que se encontra permanentemente afeto à região, para combate de incêndios e transporte de doentes. «A 1 de Julho, o Kamov é substituído por um helicóptero médio de combate a incêndios. Nessa altura, o INEM também manda outro meio aéreo para a região», explicou.

Nestas três fases de maior risco, além das equipas que as diferentes corporações têm sempre prontas para reagir, «duas brigadas de reforço, a Barlavento e a Sotavento, com prontas a sair ao minuto 24 horas por dia e composta por dois veículos de combate e um autotanque». O ataque inicial também é apoiado por um helicóptero ligeiro.

 

Investimento em reequipamento das corporações de Bombeiros vai manter-se em 2016

Apresentação DECIF Algarve 2016_5O Governo vai canalizar, já este ano, 24 milhões de euros de fundos comunitários do Portugal 2020 para aquisição de equipamento e viaturas, mas também para melhoria de infraestruturas, aos quais se podem candidatar autarquias e corporações de bombeiros.

«Em Maio, vai ser lançado aviso de abertura do concurso para melhorias nos quartéis, com 7 milhões de euros de dotação orçamental. Também lançaremos, no próximo mês, um concurso com dotação de 5 milhões de euros para aquisição de equipamento», anunciou, durante a sessão de apresentação do DECIF, o secretário de Estado da Proteção Civil Jorge Gomes.

O membro do Governo anunciou, ainda, que o Executivo pretende «repetir o procedimento em Outubro». «Para o ano, voltaremos a destinar 24 milhões a esta área. E, se conseguirmos executar tudo, no ano a seguir destinaremos muito mais», acrescentou.

Uma medida que vai ao encontro das aspirações dos autarcas algarvios. O presidente da AMAL -Comunidade Intermunicipal do Algarve Jorge Botelho, momentos antes, tinha defendido «a necessidade de manter fundos comunitários para material, equipamentos  melhorias nos quartéis».

A perspetiva era, de resto, que houvesse muito menos dinheiro, vindo de fundos europeus, afeto a esta área. «Quando tomámos posse, havia 3 milhões previstos para quartéis e 4 milhões para equipamento. No anterior Quadro Comunitário de Apoio, a dotação foi de 200 milhões de euros», ilustrou Jorge Gomes.

sulinformacao

Também poderá gostar

Sul Informação

Moçoilas querem dar música às histórias de vida que recolhem na serra algarvia

Há histórias de vida das gentes da serra algarvia que não são contadas em

Sul Informação

Portimão volta a ter Subcomissão Permanente para avaliar e acompanhar o risco de incêndio

Portimão tem, mais uma vez, uma Subcomissão Permanente para avaliar e acompanhar o risco

Sul Informação

São Brás investe no melhoramento dos caminhos florestais em áreas de risco de incêndio

Caminhos florestais e agrícolas de São Brás de Alportel estão a ser alvo de