Esta noite, em Faro, aceitam-se ideias para ajudar Portugal a enfrentar e ultrapassar a crise. O Grupo Dinamizador do Algarve (GDA) do Congresso Democrático das Alternativas (CDA) promove esta quinta-feira, no Clube Farense, às 21 horas, uma sessão de debate que tem como convidados especiais o sociólogo e investigador Carvalho da Silva e o professor da Universidade do Algarve Efigénio Rebelo.
A sessão, cujo tema é «Resgatar Portugal para um futuro decente», é feita no âmbito da preparação da Conferência “Vencer a Crise com o Estado Social e com a Democracia”, que irá ter lugar no próximo dia 11 de Maio, em Lisboa. Além da iniciativa de hoje, estão previstas outras em diversas localidades algarvias, que serão dinamizadas por estruturas de cidadãos que se organizaram a nível local.
«O objetivo do Grupo Dinamizador Regional é espalhar o trabalho, o que tem acontecido por todo o Algarve. Há grupos de trabalho a funcionar em Loulé, Portimão, Tavira e noutras localidades», revelou o membro do GDA João Brandão numa entrevista ao Sul Informação e à RUA FM.
«Está previsto realizar-se outro debate em Portimão por altura da Páscoa. Portanto, ainda antes do congresso de maio haverá debates em Portimão e Loulé», acrescentou.
«Queremos cidadãos participativos, que deem as suas opiniões e que nos digam como acham que podemos defender o Estado Social e como o podemos manter», referiu Inês Pereira, outro membro da GDA presente na entrevista. «A entrada é livre e todos são bem vindos», acrescentou.
A situação económica e social «muito grave» e a preocupação pela «ausência de alternativas sólidas que pudessem alterar o estado de coisas» foi o que levou à mobilização do conjunto de cidadãos que formam o GDA do Congresso das Alternativas, revelou Inês Pereira.
Apesar de assumirem que lutam pelo Estado Social e contra as políticas do atual Governo de Direita, os organizadores da iniciativa recusam que este seja um movimento de Esquerda.
«Há pessoas de partidos de Direita a colaborar connosco. Não gostaria de classificar Esquerda/Direita, mas sim realçar a necessidade de encontrar alternativas à política que está a ser seguida pelo atual Governo», ilustrou João Brandão.