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Escola secundaria João de Deus FaroA partir desta quinta-feira, 25 de Setembro, deixa de haver aulas em contentores, na Escola Secundária João de Deus, o antigo Liceu de Faro.

A Parque Escolar recebeu do empreiteiro as treze salas de aula que já estavam prontas há algum tempo, o que permitirá aos alunos «usufruir de novas salas de aula, dentro do edifício central, dotadas das condições adequadas ao regular processo de ensino aprendizagem».

A boa notícia para os alunos desta escola foi avançada esta quarta-feira pela direção do Agrupamento de Escolas João de Deus, que não esconde a sua «muita alegria» por ver a situação desbloqueada.

Os discentes deste liceu estavam a começar o quinto ano letivo com aulas em estruturas improvisadas, montadas no âmbito das obras de requalificação da escola, que começaram em 2011, mas ainda não têm data para acabar.

Antes do início do ano letivo, uma delegação do PCP, liderada pelo deputado Paulo Sá, visitou esta escola e pediu ao Governo que desse indicações à Parque Escolar, entidade responsável pelas obras de requalificação de Escolas Secundárias em todo os país, para que assumisse as salas que já estavam concluídas na João de Deus. Esta foi, de resto, a solução encontrada em Vila Real de Santo António, onde o mesmo problema também se colocou.

Segundo Paulo Sá, havia, na altura, «13 salas de aulas, três gabinetes, sala dos alunos e sete instalações sanitárias masculinas, femininas e de deficientes, concluídos e prontos a utilizar», mas que a Parque Escolar não estaria a assumir sem que a obra estivesse toda concluída. O problema é que «não se vislumbra um fim para esta obra, já que há diversas infraestruturas que fazem parte do projeto que «ainda nem sequer iniciaram, como é o caso do Auditório» e outras ainda a decorrer, nomeadamente no «ginásio, refeitório, cozinha e bar», segundo o deputado comunista eleito pelo Algarve.

Estaleiro Liceu de FaroOu seja, já não há aulas em contentores, mas ainda há muito que fazer, na secundária João de Deus, como acontece na Escola secundária de Silves.

Já em Loulé, outra escola que Paulo Sá visitou há cerca de três semanas, os alunos vão continuar a ter aulas em contentores, uma vez que as obras estão muito atrasadas, depois de terem estado paradas, e de a data para o seu reinício, o passado mês de agosto, não ter sido cumprida.

«Não foi dada qualquer informação à direção da escola. Não foi avançada qualquer data para o reinício ou conclusão das obras. Este é o quinto ano letivo consecutivo com parte das aulas nos contentores. Também o novo auditório da escola está inutilizável», disse Paulo Sá, recordando que o prazo de execução desta empreitada era de 18 meses, mas já passaram 46, desde o seu início, em novembro de 2010.

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