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A AMAL – Comunidade Intermunicipal do Algarve solicitou hoje, em comunicado, a «prorrogação da isenção de portagens [na Via do Infante] para os residentes, até que estejam concluídas as obras de requalificação da EN125».

O fim da isenção em 30 de Setembro foi hoje anunciado pelo secretário de Estado das Obras Públicas, um anúncio que motivou o «protesto e desagrado» por parte da AMAL, presidida pelo social-democrata Macário Correia.

A AMAL reafirma que «não há condições para terminar com a isenção de portagens na Via do Infante sem que as obras da EN125 estejam concluídas, pois, como é do conhecimento geral, esta estrada já foi considerada a mais mortífera da Europa».

No seu comunicado, a AMAL recorda que «o tráfego na A22, que já diminuiu 60% nos primeiros dois meses deste ano, irá diminuir ainda mais com o fim da isenção de portagens agora anunciado».

O fim da isenção, salienta a AMAL , «vai agravar a já difícil situação que os municípios, as empresas e a população do Algarve em geral atravessam, e contribuirá, certamente, para aumentar a taxa de desemprego, que é a mais elevada do país».

Entretanto, o Governo também disse hoje que as isenções na Via do Infante vão acabar porque há uma norma comunitária que impede que elas sejam revogadas.

O presidente da Câmara de Faro e também presidente da AMAL, em declarações à Antena1, disse não aceitar esta justificação, falou em desculpas e lamentou que o Governo tenha deixado de defender as populações e se limite a receber ordens de Bruxelas.

Por seu lado, João Vasconcelos, da Comissão de Utentes da Via do Infante, disse que a manutenção das portagens e o fim das isenções é «uma desgraça para o Algarve». «O desemprego, que já é o mais alto do país, vai aumentar depois do Verão» e «os acidentes na EN125, que já são uma constante todos os dias, vão aumentar».

Por isso, disse João Vasconcelos, a Comissão de Utentes exige «a suspensão imediata das portagens e a demissão do Governo».

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