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António Eusébio Recandidato ao PS AlgarveAntónio Eusébio lançou a sua recandidatura à Federação do Algarve do PS esta segunda-feira, em Faro, e garantiu que, seja qual for o desfecho da disputa interna da liderança, a nível nacional, trabalhará «da mesma forma» com o futuro secretário-geral do partido, a quem promete o apoio, apesar de não esconder a sua preferência «pessoal» por António Costa.

Na moção que apresentará nas eleições para os diferentes órgãos do PS/Algarve, agendadas para 5 de Setembro, António Eusébio não se cola a qualquer um dos candidatos a líder do PS, até porque, entre as figuras que hoje estiveram presentes no anúncio da recandidatura e que estão ao lado de António Eusébio, «há muitos apoiantes de José António Seguro».

O ainda presidente do PS/Algarve prefere colocar a tónica no trabalho efetuado nos últimos anos e nas oportunidades que o momento atual abre, aos socialistas, como por exemplo a de «ganhar a confiança dos militantes e simpatizantes e conseguir uma maior mobilização e participação eleitoral».

De resto, os militantes terão uma palavra a dizer em relação à moção que a lista de António Eusébio irá apresentar, cujo lema é «Afirmar o Algarve». O documento já foi «enviado às comissões políticas concelhias», para recolher sugestões, processo que será alargado a todos os militantes socialistas algarvios «em breve, para que seja ainda mais completa».

António Eusébio: “Há dois anos, havia muitos que diziam que íamos estar muitos anos fora do poder. Muitos desmotivaram, mas eu dei o passo de avançar para a liderança da Federação”

Para já, a moção inclui várias propostas para «afirmar o Algarve», entre as quais a «defesa da regionalização, num processo melhor explicado aos cidadãos, que defenda os interesses do Algarve e que contribua para a sustentabilidade económica do país».

«Temos a convicção plena de que a região não pode continuar a perder serviços», situação que, além de prejudicar a região, «é, muitas vezes, prejudicial para os interesses nacionais». Ainda assim, não há ainda qualquer garantia da parte dos candidatos a secretário-geral do PS que este se tornará um desígnio dos socialistas a nível nacional.

«Não há qualquer negociação em cima da mesa. (…) Temos de ter a convicção sobre aquilo que queremos, para depois poder debater com os dois candidatos que há a nível nacional», defendeu.

No seu discurso, António Eusébio focou ainda outras áreas de atuação prioritárias, nomeadamente o combate à pobreza e a promoção do emprego. «Afirmar o Algarve só é possível se tivermos um partido forte, coeso e mobilizado para ganhar as legislativas de 2015», acredita.

 

Trabalho feito nos últimos dois anos inspirou recandidatura

António Eusébio Recandidato ao PS Algarve_2Na apresentação da sua recandidatura, no Hotel Faro, António Eusébio fez questão de lembrar o caminho que já trilhou como presidente da Federação. «Iniciei este mandato há apenas dois anos. Na altura, havia muitos que diziam que íamos estar muitos anos fora do poder. Muitos desmotivaram, mas eu dei o passo de avançar para a liderança da Federação», ilustrou.

Uma mensagem que, de alguma forma, antecipa o surgimento de uma lista adversária, que será, ao que tudo indica, liderada por Jamila Madeira. É quase certo que a ex-eurodeputada algarvia irá apresentar uma lista nas eleições de setembro, com o apoio do presidente da Câmara de Loulé Vítor Aleixo, entre outros, embora não haja, para já, um anúncio oficial. Mesmo que não seja Jamila Madeira a avançar, António Eusébio dificilmente irá sozinho a votos.

Na apresentação da recandidatura, o presidente do PS/Algarve recordou dois anos marcados por outros tantos atos eleitorais, que resultaram «em duas grandes vitórias» para o PS, no Algarve. «Obtivemos a maior vitória eleitoral nas autárquicas 2013. Ganhámos 10 câmaras e recuperámos a gestão da AMAL. Foi um processo muito sério e de muito trabalho em conjunto com as estruturas concelhias», ilustrou.

Os resultados obtidos pelos socialistas, nas Eleições Europeias, no Algarve, também são salientados. «No Algarve, a situação não foi a mesma que a nível nacional. Vencemos com 10 por cento de diferença em relação à coligação no Governo, ganhámos em todos os concelhos e aumentámos o eleitorado, em relação às anteriores Europeias, tudo numa fase de descrédito da população em relação à política», acrescentou.

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