A Agência Portuguesa do Ambiente, através da Administração da Região Hidrográfica do Algarve, está a levar a cabo algumas operações de derrocada controlada até ao final desta semana, nas arribas de Lagos.
As arribas são uma forma geológica natural em permanente evolução, resultante da erosão a que se encontram sujeitas, devido à sua interação com o mar. Mas a sua evolução caracteriza-se pelo frequente desmoronamento e queda de blocos «que podem vir a constituir situações de perigo».
As operações de derrocada controlada que estão a decorrer até ao final desta semana em duas praias de Lagos (Praia da Luz e Porto de Mós), e numa extensão de cerca de dois quilómetros, são, segundo o diretor regional da Agência Portuguesa do Ambiente (APA) Sebastião Teixeira “para dar uma ajuda ao trabalho deixado inacabado pela natureza”, minorando desta forma os eventuais riscos para todos os que se dirijam a estas praias.
“O que, na prática, estamos a fazer é antecipar a derrocada, deitar abaixo o que ficou instável e tentar dar um perfil mais sólido às arribas “, afirmou.
De acordo com este responsável, mesmo depois destas intervenções, os banhistas devem manter-se afastados das zonas mais sensíveis, considerando que o “perigo de existirem derrocadas, e neste caso não controladas, é real, especialmente durante a Páscoa”.
Considerando que a natureza é imprevisível, foram deixados, uma vez mais, os alertas para que sejam respeitadas as sinalizações colocadas nos locais, a fim de que todos possam usufruir das praias em segurança.
Veja aqui mais fotos da derrocada.