Três das onze mortes relacionadas com a prática balnear em todo o país, entre 1 de Maio e 31 de Agosto, registaram-se no Algarve, indicam os dados hoje revelados pela Autoridade Marítima Nacional.
Na região algarvia, as mortes deram-se todas por afogamento em praias não vigiadas.
O primeiro caso aconteceu logo no feriado de 10 de Junho, quando um jovem português de 16 anos se afogou na Praia dos Três Pauzinhos, na área da jurisdição da Capitania de Vila Real de Santo António.
Os outros dois mortos são estrangeiros, provavelmente turistas: um homem de nacionalidade francesa e de 65 anos morreu afogado a 13 de Julho, na praia de Benagil (Lagoa), enquanto outro homem, de 83 anos e nacionalidade suíça, se afogou na Praia Grande (Silves), a 29 de Agosto.
Segundo a Autoridade Marítima, nas praias de mar vigiadas em todo o país houve três casos de morte, dois por morte súbita (na Ribeira Quente, concelho de Povoação, nos Açores, e na Fonte da Telha, Almada) e um por afogamento (Praia dos Beijinhos, em Leça da Palmeira).
Nas zonas marítimas não vigiadas, verificaram-se cinco casos, dos quais os três já referidos no Algarve. Os dois restantes deram-se na praia Internacional, em Leixões, e em Azurara, Póvoa de Varzim.
Nas praias fluviais vigiadas, morreu um jovem de 20 anos afogado na praia da Barragem de Crestuma, na área da Capitania do Douro.
Finalmente, nas zonas fluviais não vigiadas, houve dois afogamentos, na Cantareira, na Foz do Douro, no Porto, e ainda no Rio Tejo, em Lisboa, frente ao Oceanário.
Os dados da Autoridade Marítima Nacional indicam ainda que, nas praias vigiadas por nadadores salvadores nas concessões, foram feitas 497 intervenções, enquanto nas praias não concessionadas, mas abrangidas por sistemas integrados, houve 576 intervenções.
Por outro lado, foram realizadas 741 assistências de primeiros socorros e 29 buscas com sucesso a crianças perdidas na praia.
Quanto aos projetos da AMN/ISN na vertente da responsabilidade social com os parceiros, o projeto «Amarok», com a SIVA Portugal, através do qual foram distribuídas 26 carrinhas, permitiu fazer 203 intervenções de salvamento, 374 assistências de primeiros socorros e ainda 21 buscas com sucesso a crianças perdidas na praia.
O projeto com a Fundação Vodafone, com recurso a duas motos de água, permitiu fazer quatro salvamentos, enquanto as 14 motos 4×4 de assistência a banhistas fizeram 73 intervenções, 393 assistências de primeiros socorros e encontraram 12 crianças perdidas.