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casa museu joao de deus 2

O arco situado na lateral da Casa-Museu João de Deus, em São Bartolomeu de Messines, e que dá acesso ao segundo piso do piso do edifício, foi intervencionado pelo Serviço de Conservação e Restauro da Câmara Municipal de Silves, segundo informação dada hoje, dia 25 de Outubro, pela autarquia local.

Esta estrutura, que tem um arco em escaiola, revestido a gesso e decorado com técnica de pintura imitando o mármore (“marmoreado”), é datada de 1997 e, segundo a Câmara de Silves, «apresentava vários problemas de conservação, no que toca à existência de lacunas e risco de destacamento ao nível da camada de preparação e camada policroma (pintura), presença de sais e sujidade superficiais».

Após o diagnóstico, a equipa de restauto percebeu que já havia um restauro anterior, assente sobre uma camada de cimento. «Este facto impediu as técnicas de restauro e conservação da autarquia de averiguarem a qualidade da camada mais antiga, tendo-se optado por não levantar a camada de restauro e escolhendo uma metodologia de intervenção mínima, que respeitasse a autenticidade e percurso da obra», acrescenta a Câmara de Silves.

Assim, foi feita uma limpeza química e mecânica, bem como dessalinização, preenchimentos ao nível da camada de preparação, reintegração cromática e aplicação da camada de proteção.

Esta obra, diz a autarquia silvense, vem «na sequência de outras» da autarquia. «Veja-se que ainda esta semana começámos as obras de restauro dos estuques da cúpula do edifício dos Paços do Concelho», diz a presidente da Câmara de Silves Rosa Palma.

«Temos vindo a executar diversas obras, como por exemplo a recuperação de portadas, caixilharias, a porta principal do edifício e o relógio, entre outras, pois entendemos que é preciso conservar aquilo que tem um valor patrimonial e histórico relevante para o concelho», explica a autarca.

«Temos um serviço de Serviço de Conservação e Restauro com excelentes profissionais, cuja ação tem vindo a permitir que muitos bens de grande valia sejam salvaguardados e é preciso, também, valorizar esse trabalho», conclui.

Estas, ressalva a autarquia silvense, «são obras de conservação e restauro, que seguem as mais recentes normativas prescritas para esta atividade, ou seja, é sempre ponderada a remoção de restauros antigos (parte integrante da história da obra/peça), que podem colocar em risco aquilo que está a ser intervencionado».

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