A Delegada de Saúde Pública dos Centros de Saúde do Barlavento tomou «as medidas adequadas», na inspeção que fez ao Street Food Festival de Portimão a 30 de Julho, na sequência de casos de intoxicação alimentar associados ao evento, garantiu a Administração Regional de Saúde do Algarve ao Sul Informação.
Foi no seguimento da sua ação que foi possível lançar uma operação da ASAE que culminou na apreensão de 7,5 toneladas da produtos alimentares estragados, salientou a mesma entidade.
A ARS reagiu ao abaixo-assinado que os intoxicados no Street Food Festival enviaram ao Ministro da Saúde Paulo Macedo, onde a ação da Delegação de Saúde do Algarve é criticada, alegando que, depois de ter conhecimento que havia pessoas intoxicadas, não encerrou o estabelecimento que estava a servir carne contaminada [Mr. Pig], o que levou à contaminação de mais consumidores.
Da parte das autoridades de Saúde, chegou a garantia de que a Delegada de Saúde fez o que estava ao seu alcance, já que todos os bens que foram encontrados no local «estavam dentro dos prazos de validade» e não tinham, aparentemente, nenhum problema. Logo, não havia razão evidente para encerrar o estabelecimento.
A existência da bactéria salmonella só terá sido confirmada após terem sido analisadas as amostras recolhidas na altura pela Delegada e dos seus resultados serem conhecidos, a 5 de Agosto, já depois do término do festival. Ainda assim, foi feita queixa à ASAE, que apreendeu 7,5 toneladas de alimentos a dois operadores de armazém, em Loulé e no Montijo.
Ainda segundo a ARS, o problema estaria «na origem dos alimentos» e não no modo como eram armazenados ou confeccionados na banca que já estava identificada como o foco das intoxicações na altura da inspeção.