A Administração Regional de Saúde do Algarve vai garantir «a realização das ecografias obstétricas, consultas de Medicina Materno-Fetal e consulta de referenciação às 38 semanas a todas as grávidas da Região que obedeçam aos critérios de referenciação para o Centro Hospitalar do Algarve» a partir desta quinta-feira, dia 13 de Agosto. Os serviços serão contratualizados ao Hospital Particular do Algarve.
Esta é a resposta da ARS do Algarve às dificuldades assumidas pelo Serviço de Obstetrícia do Hospital de Faro, que colocam em causa o assegurar do apoio aos Centros de Saúde, medida que este instituto público, em declarações ao Sul Informação, já havia assegurado que iria tomar.
«Todas as grávidas que necessitem destes serviços, deverão ser referenciadas pelos respetivos médicos de família tendo como base os critérios de referenciação em saúde materno-fetal», segundo a mesma entidade.
Na passada terça-feira, os Centros de Saúde receberam uma informação da parte da direção do Serviço de Obstetrícia que avisava que a Maternidade de Faro estava numa «situação de limite extremo», devido à falta de médicos. Em causa está a ausência de quatro clínicos, por diferentes motivos.
Na mesma missiva, anunciavam que teriam de limitar temporariamente o apoio aos Agrupamentos de Centros de Saúde (ACES) do Sotavento e Central do Algarve, deixando de garantir as consultas e atendimentos que a ARS do Algarve passou a assegurar, desde hoje.
«Com esta medida, a Administração Regional de Saúde do Algarve IP pretende fazer face às limitações/dificuldades de acesso temporário das utentes dos ACES Sotavento e Central a algumas valências do Serviço de Obstetrícia da unidade de Faro do Centro Hospitalar do Algarve EPE, garantindo desta forma a assistência a todas a grávidas que não possam ser atendidas nesta unidade hospitalar», concluiu.