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A falta de médicos que tem afetado o funcionamento dos Serviços de Urgências Básicas (SUB) de Loulé e Albufeira já terá sido resolvida, garantiu a Administração Regional de Saúde do Algarve. O anúncio foi feito por aquela entidade, um dia depois de a Câmara de Loulé denunciar publicamente a situação, que terá levado a que o SUB de Loulé tenha estado o feriado de 1 de Maio e a manhã de ontem «a funcionar sem médicos».

A ARSA reagiu à denúncia ainda esta sexta-feira, à noite, com um comunicado onde garantiu que, «após ter tomado conhecimento de falta pontual de profissionais médicos nas escalas dos Serviços de Urgência Básica (SUB) em Loulé e Albufeira, informa que tomou todas as diligências necessárias para colmatar estas faltas, para assim continuar a assegurar a qualidade dos serviços de cuidados de saúde à população nestes serviços».

Segundo a Câmara de Loulé, esta entidade, que gere os Centros de Saúde do Algarve, nos quais se situam as SUB, já havia sido alertada para a situação de carência, numa reunião que o vice-presidente da autarquia Hugo Nunes manteve com a administração das ARSA, na passada quarta-feira. O membro do executivo louletano alertou para «uma eventual falta de médicos na escala deste serviço, situação que viria a confirmar-se nos dias seguintes».

«Nessa altura, a ARS remeteu as responsabilidades em matéria dos Serviços de Urgência Básica da região para o Centro Hospitalar do Algarve. Por seu turno, Pedro Nunes, presidente desta entidade, referiu à Câmara que tem havido uma colaboração total com a ARS ao nível dos Serviços de Urgência Básica, nomeadamente em Loulé, mas que estes ainda não são da responsabilidade do Centro Hospitalar», assegurou a Câmara de Loulé, numa nota de imprensa enviada esta sexta-feira às redações.

A ARSA contradiz a versão de Pedro Nunes e garantiu que a operacionalização das SUB é responsabilidade dos hospitais algarvios. «A gestão do sistema de urgência e emergência, a sua organização e escalas dos profissionais dos SUB, é da responsabilidade do Centro Hospitalar do Algarve, EPE que, obrigatoriamente, tem de assegurar a prestação de serviços e atendimento 24 horas por dia nos SUB de VRSA, Loulé e Albufeira, à semelhança do que acontece no SUB de Lagos», salientou o Instituto Público.

O que o acordo entre esta entidade e os hospitais algarvios prevê é que ARS possa disponibilizar «um conjunto de profissionais (médicos, enfermeiros, técnicos de Radiologia, assistentes operacionais)», sempre que for avisada «atempadamente» da incapacidade por parte do CHA em garantir as escalas, o que irá acontecer agora com pessoal médico, «para fazer face às dificuldades pontuais na gestão de escalas e serviços dos SUB».

Segundo a Câmara de Loulé, a ARSA já lhe havia prometido que o escalonamento estava garantido até ao dia 6 de maio, a próxima terça-feira. No comunicado enviado às redações o Instituto Público já falava em assegurar «o regular e desejável funcionamento a 100 por cento, através de uma efetiva e ininterrupta colaboração, sem prejuízo para os utentes».

Para o presidente da Câmara de Loulé Vítor Aleixo, a situação verificada na quinta-feira e na sexta de manhã no SUB de Loulé foi «inaceitável». Segundo afirmou ontem o edil louletano, mais do que «saber de quem é a responsabilidade», era «essencial garantir o Serviço de Urgência Básica às populações». E não se mostrava descansado com as garantias de que as escalas estavam asseguradas até terça-feira, não escondendo o receio de que a situação se pudesse repetir. Caso isso venha a acontecer, promete que irá «acompanhar as populações do Concelho nas iniciativas de protesto que estas venham a promover».

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