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A Assembleia Municipal de Lagoa reuniu-se no Parchal na passada terça-feira, povoação agora agregada na nova União de Freguesias de Estômbar-Parchal, com uma vasta ordem de trabalhos e que, por isso mesmo, se prolongou por dois dias.

Já no sábado anterior, uma visita programada a vários locais do Parchal permitiu que os deputados municipais tivessem um «conhecimento mais real das situações a necessitar de avaliação» e, ao mesmo tempo, pudessem «sentir as preocupações que o contacto com a população sempre permite aferir».

Este modelo, não sendo novo, uma vez que já no mandato 2005/2009 foi praticado no concelho, traz, segundo nota da Assembleia Municipal de Lagoa, «valências que, por si só, valorizam as posteriores decisões em sede de debate, uma vez que assentam em premissas argumentativas mais fundamentadas».

Na visita, a comitiva Municipal contou ainda com a presença do presidente da Câmara Francisco Martins, que se fez acompanhar dos vereadores Luís Encarnação e Anabela Simão.

Com a primeira paragem no largo da estação de Caminho de Ferro do Parchal, foi possível verificar o estado degradado do edifício, da responsabilidade da REFER, bem como de toda a zona envolvente, «a suscitar uma posterior chamada de atenção da entidade proprietária do imóvel».

O presidente da Câmara informou estar já a analisar a situação do polidesportivo do Parchal, que, «pelo seu abandono, tem sido utilizado para visitas pouco recomendáveis».

No contacto com a história da antiga indústria conserveira da zona, as fábricas Ucal e Portugal, os deputados municipais foram informados de um «estudo privado para a sua reconstituição como zona turística, aproveitando a magnífica paisagem daquela margem do Rio Arade», conforme pôde ser observada, na visita a convite da unidade hoteleira aí existente.

Houve ainda tempo para uma passagem por duas obras municipais, uma já em pleno funcionamento, o Estádio da Bela Vista, e outra em fase de acabamentos, o novo Cemitério do Parchal.

A sessão de trabalho decorreu em dois dias, o primeiro no Parchal e o segundo em Lagoa. O Relatório de Gestão, o Documento de Prestação de Contas Relativos ao ano financeiro de 2013, a Proposta de aplicação de Resultados do exercício, a 1ª Revisão ao Orçamento e às Grandes Opções do Plano, os Acordos de Execução da Delegação de Competências e a proposta de Regimento da Assembleia para o mandato 2013/2017, foram os temas da ordem de trabalhos.

Todos os documentos, após a sua discussão, mereceram a aprovação do plenário. A nota da Assembleia Municipal de Lagoa salienta que «as despesas orçamentadas aumentam em mais 3.307.005,00€, por contrapartida de receita proveniente do FEDER e da incorporação do saldo de gerência do ano de 2013».

«Este reforço tem como objetivo prioritário a preocupação com as questões sociais, mas vai para além disso, porque a dinâmica de desenvolvimento económico da concelho obriga a pensar mais além, e reverte do documento o investimento em infraestruturas que contribuam e dinamizem a economia local», sublinha também a mesma nota.

A proposta de Regimento da Assembleia Municipal, apresentada pela Mesa após largo debate, mereceu igualmente aprovação, «estando agora por isso mais adaptado à realidade e em conformidade com as alterações legislativas verificadas por força da lei».

 

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