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A criação de uma barreira física de proteção e de segurança para os ciclistas na futura ciclovia e não «uma mera faixa vermelha pintada no chão» é uma das sugestões da associação Faro 1540, hoje enviadas à Sociedade Polis Litoral Ria Formosa, no âmbito da consulta pública sobre o anteprojeto da ponte e acessos à Praia de Faro.

A Associação de Defesa e Promoção do Património Ambiental e Cultural de Faro defende ainda que, para dinamizar e rentabilizar o parque de estacionamento de 925 lugares, «que terá utilização somente nos meses de julho e agosto», seja criado um «Parque de Autocaravanas, para cerca de 20 viaturas, com as infraestruturas de apoio adequadas a este tipo de equipamento».

Apesar de não ter sido convidada para a apresentação, no passado dia 12, a Faro 1540 considera que o anteprojeto «é globalmente interessante, visualmente harmonioso e que seguramente será uma oportunidade única para reformular toda a utilização da Praia de Faro, que, como todos nós sabemos, tem uma utilização muito pouco sustentável e é uma das zonas de maior risco do litoral português».

Tendo em conta o «estado de degradação da atual ponte», a associação «faz votos para que este projeto tenha implementação efetiva com a maior brevidade possível»

A Faro 1540 considera, como um dos pontos mais fortes, «a existência de estruturas que, ao longo da estrada para a praia, vão permitir maior circulação de água e maior oxigenação na extremidade poente da Ria Formosa e o incentivo ao uso da bicicleta, dos passeios a pé e do contacto e da interação com a natureza».

 

Nova ponte deve ter duas faixas por razões de segurança

 

«Apesar de considerarem o passadiço como «adequado» para «garantir a devida segurança a ciclistas e peões», a associação defende que «o mesmo não se passa na nova ponte a criar, onde a inexistência de uma barreira física de proteção coloca em risco a vida e a integridade física de centenas de cidadãos que vão usufruir desta infraestrutura para entrarem ou saírem da Praia de Faro».

Por isso, á Faro 1540 diz que é «importante existir uma barreira física de protecção e de segurança para os ciclistas e não uma mera faixa vermelha pintada no chão com a indicação de ciclovia (já nos basta o risquinho azul espalhado um pouco por todo o Algarve), porque simplesmente se pretende utilizar esta área (destinada a peões e ciclistas) numa eventual segunda faixa de rodagem em caso de emergências ou evacuações rápidas».

«Já que o projeto vai contar com fundos comunitários que vão financiar este investimento em 70 ou 80%», a associação considera «oportuno aproveitar estes fundos para a construção de uma ponte com duas faixas de rodagem, mais uma faixa para uso exclusivo dos peões e ciclistas, que poderá assim ser dotada de equipamentos de segurança e proteção».

É que, defendem, «com uma 2ª faixa de rodagem para automóveis, esta poderá estar permanentemente aberta ao público (ou não) resolvendo o problema de “escoamento” em cenários de emergência e para os picos de trânsito, que provocam caóticos e morosos engarrafamentos que “entopem” por completo a estrada para entrada e saída da Praia de Faro». Estes engarrafamentos ocorrem diariamente na época de verão, e pontualmente, ao longo de todo o ano (fins-de-semana, Páscoa e alguns feriados).

 

Preço dos parquímetros deve ser razoável e transportes públicos repensados

 

Na posição enviada à Sociedade Polis, a Faro 1540, alerta que os valores cobrados nos parquímetros no estacionamento na praia de Faro, «se estes de facto vierem a ser implementados», não devem ser elevados, «pois a Praia de Faro é uma estância balnear de uso frequente, isto é, utilizada quase todos os dias pelos farenses (durante o Verão) pelo que esta realidade terá forçosamente de ser bem equacionada nos valores a cobrar».

Sugerem ainda que estes valores, se forem cobrados, «funcionem como uma “taxa ambiental” sendo investidos na defesa e na manutenção da qualidade ambiental e das condições oferecidas pela praia aos seus utentes».

A associação afirma também que «a política de transportes públicos para a Praia de Faro está pouco desenvolvida e os seus preços são pouco competitivos em relação ao automóvel, gastando-se mais em transportes públicos (autocarro ou barco) do que se gasta na deslocação em viatura particular para percorrer os 12 quilómetros que separam a cidade de Faro da praia».

Por isso, a Faro 1540 considera que «é fundamental repensar a política de transportes públicos para a Praia de Faro e criar melhores condições de acesso e esta estância balnear, com a criação de várias paragens de autocarro ao longo da praia (pelo menos três: na zona do restaurante Paquete, no Centro Náutico e outra na rotunda do “Zé Maria”), por forma a que os utentes da praia possam ser repartidos em toda a extensão da praia para evitar grandes caminhadas à “torreira” do Sol e minimizar as “bolsas” compactas numa pequena área de areal como acontece agora, sobretudo na entrada da praia».

No que diz respeito ao parque de estacionamento exterior à praia de 925 lugares, «capacidade semelhante à capacidade de parqueamento automóvel do Largo de São Francisco, na cidade de Faro, a associação considera este valor «algo excessivo» para um parque que terá utilização sobretudos nos meses de julho e agosto, «estando praticamente deserto nos restantes 10 meses do ano».

«Para combater este cenário de abandono e de forma a rentabilizar e a dinamizar esta área», sugerem a «redução na capacidade de parqueamento automóvel e que na área de estacionamento retirada seja construído um Parque de Autocaravanas, para cerca de 20 viaturas».

Ainda neste parque de estacionamento, «sugere-se que alguns lugares (dois a três) estejam integrados na rede de estacionamentos MOBI.E».

 

Veja aqui todas as imagens do anteprojeto para a ponte e acessos à Praia de Faro.

 

 

sulinformacao

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