A Associação Transfronteiriça dos Municípios das Terras do Grande Lago reuniu-se no dia 13 de fevereiro, pela primeira vez na nova sede, em Reguengos de Monsaraz.
Em cima da mesa esteve a preparação de um programa de investimentos, visando a sua candidatura aos instrumentos financeiros que vão estar disponíveis no próximo quadro comunitário de apoio.
Nesta reunião técnica participaram os municípios associados, nomeadamente os portugueses de Alandroal, Moura, Mourão, Portel, Reguengos de Monsaraz e Serpa, e os espanhóis de Alconchel, Cheles, Olivenza e Villa Nueva del Fresno, a que se juntaram a Diputatión de Badajoz e a EDIA – Empresa de Desenvolvimento e Infraestruturas do Alqueva.
Assim, a Associação Transfronteiriça dos Municípios das Terras do Grande Lago decidiu quais as orientações e objetivos estratégicos que devem guiar a preparação do Plano de Ação 2014-2020, que deverá contribuir para o aproveitamento das potencialidades turísticas do Grande Lago Alqueva.
Nesse sentido, foi considerado importante organizar, melhorar e qualificar a oferta turística, valorizar a caraterística transfronteiriça na perspetiva de um destino de interesse turístico internacional e dinamizar os serviços complementares do sector turístico. No programa de trabalhos está definido que até final de abril se prepare o primeiro relatório para análise pelos órgãos da associação
José Calixto, presidente do Conselho Diretivo da Associação Transfronteiriça dos Municípios das Terras do Grande Lago, afirma que “após os encerramentos da Gestalqueva, do Pólo de Turismo de Alqueva ou da orientação da EDIA para outras áreas que não as do turismo ou do desenvolvimento rural, consideramos que esta associação tem um papel fundamental porque passa a ser uma das únicas instituições que os municípios e o território têm para, de uma forma transfronteiriça, ligando municípios portugueses com espanhóis, desenvolverem projetos e ações de desenvolvimento regional, nomeadamente nas áreas do turismo e do património, que nos últimos dois quadros comunitários de apoio já tiveram fundos significativos que foram geridos pela associação”.
José Calixto diz ainda que “há aqui claramente a tentativa estratégica de valorização da envolvente de Alqueva, por exemplo com o reforço da identidade das aldeias ribeirinhas. Dessa forma consegue-se alcançar a valorização patrimonial, a preservação do ambiente e da forte identidade cultural deste povo, a valorização da gastronomia e do enoturismo, a valorização e facilitação da agricultura, por exemplo através de projetos de expansão do perímetro de rega, que obviamente são missões mais específicas da EDIA mas que esta associação tem de ter a capacidade de promover e facilitar, assim como através da boa utilização do plano de água com atividades náuticas que promovam também outro tipo de desenvolvimento económico e criem mais postos de trabalho ligados ao Grande Lago Alqueva”.
O Conselho Diretivo da Associação Transfronteiriça dos Municípios das Terras do Grande Lago é constituído pelo presidente, José Calixto (Município de Reguengos de Monsaraz), e pelos vogais Maria Clara Safara (Município de Mourão), Carlos Alves (Município de Serpa), Ramón Días Farias (Ayuntamiento de Villa Nueva del Fresno) e António Sierra Serrano (Ayuntamiento de Cheles).
A Assembleia Intermunicipal é composta pelo presidente Bernardino Píriz Antón (Ayuntamiento de Olivenza) e os secretários Santiago Macias (Município de Moura) e Óscar Díaz Hernandez (Ayuntamiento de Alconchel).