A Comissão de Utentes da Via do Infante (CUVI) vai promover um «forte buzinão e uma marcha lenta de viaturas» no dia 14 de agosto, que passará junto do local para onde está agendada a tradicional Festa do Pontal, que contará este ano com a presença do Primeiro-Ministro Pedro Passos Coelho. A «Marcha do Pontal», como a designa a CUVI, parte da zona do Vale Judeu, mas irá passar junto ao Aquashow, numa altura em que a festa organizada pelo PSD já estará decorrer.
«Certamente os apitos e os buzinões dos que lutam pela justiça e pela dignidade do Algarve, far-se-ão ouvir fortemente aquando da sua passagem pelo Aquashow, onde estarão em festa o Primeiro Ministro, membros do governo, deputados e outros responsáveis políticos que introduziram e defendem as famigeradas portagens na Via do Infante», considerou a comissão, num comunicado enviado às redações.
Além desta iniciativa, a CUVI prometeu ações surpresa ou anunciadas pouco antes de serem realizadas, a levar a cabo «nos próximos dias», para tentar forçar a suspensão de portagens na A22.
A concentração para a «Marcha do Pontal» está agendada para as 19 horas, frente ao café «Várzea da Mão, entre Boliqueime e as Quatro Estradas, junto ao desvio para Vale Judeu», na EN 125, local onde «ainda não há muito tempo, morreu um motociclista num brutal acidente de viação».
«Pelas 19h30 a marcha lenta iniciará o seu percurso em direção a Quarteira, passando pela Rotunda das Quatro Estradas, Rotunda do Viaduto da EN 396, inversão de marcha na Rotunda da BP de Quarteira, terminando nas Quatro Estradas», descreveram os organizadores da ação.
Os ativistas anti-portagens intensificam a sua luta numa altura em que o primeiro-ministro e muitos membros do Governo se encontram de férias no Algarve, uma região que, acusou a CUVI, «tanto desprezam e penalizam».
Depois de ter considerado os membros do executivo liderado por Passos Coelho como personas non gratas na região, na passada semana, a comissão reafirmou a sua posição. «Ao persistirem nesta forma de atuação, os nossos governantes vão continuar a ser considerados personas non gratas por muito tempo – com receio de protestos e manifestações de desagrado, só assim se explicará tantos agentes de segurança a rodeá-los», considerou.