Foi ao som do fado que o Auditório Municipal de Olhão (AMO) celebrou o seu 5º aniversário, na passada sexta-feira. A casa encheu para ouvir a formação «Quatro Cantos», composta por António Pinto Bastos, Teresa Tapadas, José da Câmara Pereira e Maria João Quadros, que apresentou o espetáculo «Do Passado ao Presente do Fado».
Os quatro artistas «homenagearam o fado desde os anos 20 até à atualidade» e interpretaram 54 temas – alguns excertos, outros na totalidade – que foram também uam evocação de alguns dos grandes nomes do fado como Alfredo Marceneiro, Max, Frei Hermano da Câmara, Tony de Matos, Amália ou Carlos do Carmo.
Em Olhão, o coletivo «Quatro Cantos» apresentou-se sem Maria Armanda, que, por motivos de saúde, teve de ser substituída por Maria João Quadros. Em palco, os fadistas foram acompanhados por Filipe Vaz da Silva (viola baixo), Francisco Gonçalves (viola fado) e Luís Ribeiro (guitarra portuguesa).
«Os fados, conhecidos de todos, fizeram da sala de espetáculos olhanense um coro único, já que o público cantou do princípio ao fim do concerto temas como Moda das Tranças Pretas, Rosinha dos Limões, Fado do 31, Aquela Janela Virada Pró Mar, Olhos Castanhos, Cartas de Amor, Ó Tempo Volta Pra Trás, Canoas do Tejo ou Comadre Maribenta», descreveu a Câmara de Olhão.
Após o espetáculo, a música mudou do palco para a zona do bar do auditório, com Ricardo Ribeiro, Pamela Luz e Catarina Patarata a protagonizar um café-concerto, com direito a caldo verde.
Antes destas duas iniciativas, realizou-se a um Porto de Honra, onde os alunos da turma de Mesa 2 da EB 2 3 João da Rosa serviram alguns doces. «Também os alunos da Escola Secundária Francisco Fernandes Lopes participaram na celebração, animando e colorindo o ambiente com os seus trajes e distribuindo lembranças aos convivas que iam chegando. Estas “Personagens à Solta” ofereceram sorrisos e flores confecionadas com balões. Também os funcionários do AMO distribuíram flores às senhoras, uma forma de assinalar a data com um gesto simples e de grande simbolismo», acrescentou a autarquia.