Os presidentes das Câmaras do Algarve convidaram o ministro da Saúde Paulo Macedo a deslocar-se à AMAL – Comunidade Intermunicipal do Algarve «com carácter de urgência», para falar sobre os problemas que têm afetado este setor. Os autarcas já não acreditam que «haja soluções que possam partir de responsáveis pela saúde da região» e querem que a tutela intervenha.
A deliberação foi tomada esta segunda-feira, numa reunião do Conselho Intermunicipal da AMAL, que junta os presidentes dos 16 municípios algarvios. Os temas em debate serão «as falhas que se têm verificado nos Serviços de Urgência Básica, mas também a falta de médicos e de enfermeiros».
Em declarações ao Sul Informação, o presidente daquela entidade Jorge Botelho explicou que o objetivo desta reunião «é debater as questões que afetam a região no setor da saúde», que atingiram «um patamar insustentável» e também «a procura de soluções».
«Queremos passar para uma fase reivindicativa, mas sem perder de vista o diálogo e a busca de soluções», reforçou. Os autarcas não ficarão apenas à espera do que o ministro possa trazer, mas irão apresentar, eles próprios, «algumas propostas».
«Algo que vamos transmitir é que os concursos têm de ser abertos tendo em conta as especificidades do Algarve. E não é só em relação aos médicos. Ao nível dos auxiliares de saúde também há faltas gritantes de pessoal», disse.
Quanto a eventuais pedidos de demissão, como o que foi feito pelos autarcas em março passado, numa reunião com a tutela, em relação ao ainda presidente do Centro Hospitalar do Algarve Pedro Nunes, não deverão estar em cima da mesa. «Quem está em falta para connosco é o Sistema Nacional de Saúde em si», considerou Jorge Botelho