Os pontos negros em termos de sinistralidade rodoviária no Algarve vão ser assinalados e vão ser alvo de intervenções para diminuir o número de acidentes. É este o objetivo final do Plano Regional de Segurança Rodoviária, que vai ser promovido pelos municípios algarvios e pela Autoridade Nacional de Segurança Rodoviária (ANSR).
A assinatura do protocolo de promoção de segurança rodoviária entre a AMAL e a ANSR decorreu hoje, em Faro, tendo o acordo sido homologado pelo secretário de Estado da Administração Interna Jorge Gomes.
O governante explicou que «serão feitos Planos de Segurança Rodoviária municipais para evitar a sinistralidade e os planos vão definir a estratégia regional. Até aqui tínhamos o Plano Nacional de Segurança Rodoviária e queremos ir ao nível dos Município e depois às Comunidades Intermunicipais».
Depois, «o que for considerado estratégico, vai obrigar a intervenções para alterar a sinistralidade, é isso que pretendemos», explicou Jorge Gomes
Os dados de sinistralidade rodoviária no Algarve passarão a ser partilhados entre a ANSR e os municípios, para permitir a intervenção das autarquias. «Não tínhamos a perceção do número de acidentes, depois do início desta discussão é que começámos a ter a perceção de que havia um número substancial de acidentes, até mortais, em estradas municipais e cidades», explicou Jorge Botelho, presidente da AMAL.
«Às vezes, é o cruzamento que está mal sinalizado, às vezes fazemos planos de reparação de estradas e não temos a preocupação de ir aos pontos negros porque não temos os dados», contou o autarca, que disse que, «com este protocolo, serão fornecidos os dados das autoridades e conseguimos dar inputs importantes às Câmaras, para terem como prioridade nas intervenções os pontos negros. Porque mais de 50 por cento dos acidentes mortais são em Estradas Municipais e ruas».
Já Jorge Jacob, presidente da ANSR, explicou «que esta parceria que arranca hoje leva-nos a dar apoio técnico para identificar os pontos negros e, da parte da AMAL, esperamos o empenhamento das Câmaras para fazer o mesmo, para que se passe à fase seguinte, e se faça as obras, ou se mude a sinalização, para solucionar esses locais críticos».