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Dançarte 2015

Bailarinos e coreógrafos vindos de diferentes pontos do mundo vão competir em Faro, em nova edição do Concurso Internacional de Dança do Algarve Dançarte, que se realiza de 11 a 14 de Abril, no Teatro das Figuras.

O concurso tem duas componentes paralelas, uma dirigida a crianças  e jovens dos 8 aos 25 anos em formação, outra destinada a coreógrafos, que apresentarão peças a solo de dança contemporânea.

A edição deste ano do Dançarte, evento promovido pela Associação BBC – Beliaev Centro Cultural, foi apresentada na passada sexta-feira, dia 31 de Março, numa sessão em que Laura Alves, presidente da Comissão Organizadora e o presidente da Câmara de Faro Rogério Bacalhau aproveitaram para frisar que este é mais do que um concurso de dança: é um evento que permite ao público algarvio conhecer jovens talentos.

As provas do concurso são abertas ao público em geral, que também tem a oportunidade de ver atuações de todos os premiados, nas galas que acontecem nos dias 13 e 14 de Abril, às 18h30. No primeiro caso, as entradas custam 2 euros. Os bilhetes para as galas custam 10 euros.

Os interessados também poderão seguir os espetáculos em casa, já que estes serão transmitidos em direto no canal do Youtube do concurso.

O Dançarte 2017 contará com 1200 participantes, que representarão 29 escolas de dança, seis delas estrangeiras. Além de alunos de escolas de diferentes regiões de Portugal, muitas delas algarvias, estarão em competição bailarinos vindos de Itália (Florença, Noventa Padovana e Reggio Emília), Chile (Santiago), Espanha (Ayamonte) e Noruega (Lillestrom).

Esta vertente internacional não é uma novidade. Aliás, só mesmo a primeira edição, realizada em 2004, é que não contou com escolas vindas de fora do país.

Os países de origem têm variado, mas também há quem se mantenha fiel. «Nos primeiros anos, vieram muitas escolas do Leste da Europa, ultimamente deixaram de vir. No caso da escola norueguesa, vem cá há quatro anos», disse Laura Andrade.

O forte contingente italiano, por outro lado, tem a ver com um protocolo assinado entre a associação algarvia e o Centro Opus Ballet, de Florença, em Itália. Isto permitiu um contacto mais próximo com entidades daquele país.

«Os nossos alunos vão ao concurso que eles realizam e eles vêm cá a Faro, participar no Dançarte. Também temos acordos para intercâmbio de alunos», explicou Laura Andrade, na apresentação do evento.

As escolas participantes abrangem as mais diversas áreas, já que o concurso é aberto a diferentes estilos de dança, nomeadamente o ballet clássico, a dança contemporânea, a dança de caráter, hip-hop, dança jazz e sapateado. O júri também tem diferentes competências e formações distintas e é composto por seis elementos, mais de metade dos quais (pelo menos) «elementos de reconhecido mérito na área da dança».

A competição de coreógrafos contemporâneos, que decorre paralelamente à dos alunos, visa valorizar «a nova criação artística nacional e internacional».

Em jogo, estão os prémios de melhor coreografia (1000 euros), de melhor solista, melhor dueto/trio e melhor grupo (750 euros) e de interpretação contemporânea (500 euros). Também serão oferecidas ações de formação e workshops em Portugal e no estrangeiros.

Rogério Bacalhau frisou a «enorme importância económica» que a realização deste evento tem para o concelho, para mais durante «a época baixa do turismo». Afinal, aos 1200 alunos em competição, há que juntar os professores e as famílias. Ou seja, haverá milhares de pessoas «a dinamizar a economia local durante uma semana».

O edil farense também não poupou elogios ao evento. «O facto de tantas escolas fazerem questão de marcar presença é um reconhecimento do valor do concurso, já que os prémios ganhos são uma parte importante do currículo dos bailarinos», considerou.

sulinformacao

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