O Banco Alimentar Contra a Fome (BACF) recolheu cerca de 121 toneladas de alimentos no Algarve, na campanha de saco realizada no passado fim-de-semana. A campanha de Verão da instituição, à semelhança do que aconteceu a nível nacional, teve menos sucesso que no ano passado, com menos 21 toneladas recolhidas, algo que, segundo o BACF do Algarve, pode por em causa «o abastecimento das mais de 70 instituições apoiadas».
«Como nos restantes Bancos do país, verificou-se um decréscimo de voluntários e também de alimentos entregues. Assim, no caso de Faro, foram entregues 77.216 quilos e em Portimão 43.980 quilogramas, num total de 121.196 quilos, ou seja, menos 23.606 quilogramas (16,30 por cento) que em 2013», anunciou o Banco Alimentar.
Um decréscimo que, «não sendo surpresa», vem em má altura, já que o BACF algarvio conseguiu, recentemente, «terminar com uma lista de espera de anos».
A instituição apela, mais uma vez, à veia solidária dos algarvios, recordando que, ao longo desta semana, podem continuar a ser feitas doações através dos cupões à disposição nas diversas áreas comerciais aderentes (Campanha Vale) e também no site do BACF, até ao dia 8 de Junho .
Outra forma de ajudar é aderindo às duas campanhas que aliam a proteção do ambiente ao apoio aos mais desfavorecidos. As iniciativas «Papel por Alimentos», realizada a nível nacional, e «Separar para Alimentar», a nível regional, permitem trocar resíduos por bens alimentícios.
No primeiro caso, a campanha já decorre há cerca de dois anos, tendo sido recolhidos pelo BACF do Algarve cerca de uma tonelada de papel. Em termos de alimentos, já se conseguiu, por esta via, angariar perto de 80 toneladas. Nesta campanha, tem havido um grande envolvimento das empresas, segundo a instituição.
Também a «Separar para Alimentar» tem associada uma empresa, neste caso a Algar, que se dedica à recolha e valorização de resíduos, no Algarve. Em parceria com a associação Entrajuda, estão a ser recolhidas embalagens, as mesmas que colocamos, habitualmente, no ecoponto amarelo, que serão convertidas em alimentos para crianças até aos 3 anos de idade.