Um grupo de voluntários que fazem parte do Banco Local de Voluntariado de Loulé reuniu-se na passada sexta-feira, na Biblioteca Municipal de Loulé, para um momento de partilha e reflexão sobre o que tem sido a sua ação no contexto social do concelho.
Numa iniciativa que contou com a participação do vereador do pelouro, João Martins, os voluntários falaram sobre o trabalho realizado sobretudo junto das instituições de solidariedade social, em particular no apoio aos mais idosos ou à população em risco.
“Estas são atitudes altruístas que têm acontecido ao longo da história da Humanidade e requerem atenções redobradas do ponto de vista humano”, disse o responsável municipal referindo-se à função do voluntário.
Vocação, espiritualidade e altruísmo são, de acordo com João Martins, três características fundamentais para quem pretende estar ligado ao voluntariado. “O voluntariado tem que ser uma vocação. Por outro lado, cada voluntário vai ganhando uma riqueza espiritual que lhe permite ficar melhor preparado para tentar arranjar respostas não só para si como para todos aqueles que está a tentar ajudar”, disse.
Este vereador, que foi um dos fundadores do Centro Comunitário de Almancil, falou também da sua experiência nesta área social, e do “sentimento de impotência e frustração” quando não é possível resolver todos os problemas que se colocam.
Quanto ao papel da Câmara Municipal de Loulé no voluntariado, este vereador é da opinião que é um dever desta e de todas as instituições estarem atentas e fornecerem os meios necessários para a prossecução dos objetivos inerentes a esta causa.
“O serviço de intervenção social da Autarquia está ativo, desde logo como uma alavanca importantíssima nestas questões. Vou estar sempre muito atento áquilo que são as vossas solicitações, sobretudo numa altura em que há a tendência para o crescimento de dificuldades por parte das pessoas e das famílias”, sublinhou ainda João Martins.
O Banco Local de Voluntariado de Loulé foi implementado no dia 4 de fevereiro de 2010, aquando da assinatura do protocolo entre a Autarquia e o Conselho Nacional para a Promoção do Voluntariado.
A Autarquia aderiu, desta forma, à nobre causa do voluntariado enquanto veículo de interesse social e comunitário, de promoção da cidadania e humanização, contribuindo para a melhoria da qualidade de vida e bem-estar das populações.
Localizado junto ao Terminal Rodoviário, Rua Nossa Senhora de Fátima, este Banco Local de Voluntariado é um espaço de encontro entre pessoas que expressam a sua disponibilidade e vontade para serem voluntárias e entidades promotoras de voluntariado que reúnem condições para integrá-los.
Atualmente encontram-se inscritos 68 voluntários, dos quais 9 estão integrados em instituições e projetos concelhios. Estes voluntários têm uma idade compreendida entre os 18 e os 65 anos.
Esta estrutura tem permitido a colocação de voluntários nas áreas de maior carência identificadas pelas instituições particulares de solidariedade social do Concelho, de forma a auxiliá-las a colmatar as principais necessidades e a ultrapassar alguns obstáculos com que se deparam no seu quotidiano.
Mas a área de ação do voluntariado neste Banco pode ser desenvolvida em todos os domínios da atividade humana como sejam os domínios cívico, da ação social, da saúde, da educação, da ciência e da cultura, da defesa do património e do ambiente, da defesa do consumidor, da cooperação para o desenvolvimento, do emprego e da formação profissional, da reinserção profissional, da proteção civil, do desenvolvimento da vida associativa e da economia social, da solidariedade social, entre outros.