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Uns chamar-lhe-ão destino, outros dirão que foi uma coincidência (muito) feliz, mas Sarah Bollinger diz, a rir, que lhe pareceu «providência divina».

A jovem artista norte-americana, prestes a lançar o primeiro álbum, rumou ao Algarve para aprender português, foi assistir a um concerto dos Low Tech Groove e acabou a cantar uma música com eles.

A experiência foi tão boa para ambas as partes que hoje, sexta-feira, Sarah Bollinger e a banda algarvia dão um concerto no Barti Café, em Faro, a partir das 22 horas.

Este será um espetáculo único, que «acaba por ser um pré-lançamento do álbum» para português ver, uma vez que Sarah Bollinger, dona de uma excelente voz e de um sorriso aberto quase constante, vai aproveitar para cantar algumas das músicas do seu primeiro trabalho, que sairá no dia 27 de agosto, nos Estados Unidos.

A acompanhá-la estará a formação mais frequente da jovem banda algarvia: Marco Canas, no saxofone tenor, Paulo “Gefites” Franco, na bateria, Paulo “Strak”, no baixo, e João Araújo, nas teclas. «Os Low Tech Groove aprenderam quatro ou cinco músicas minhas. De resto, iremos tocar alguns standards de jazz», disse Sarah Bollinger ao Sul Informação.

O concerto no Barti Café pode ser visto como um aguçar de apetite para o espetáculo marcado para o próximo dia 30, em Saint Louis, nos Estados Unidos da América, o “show” de lançamento oficial de «Both/And».

Foi no Barti Café, o local onde acontecerá este evento único, que tudo começou. No passado sábado, a banda de jazz e blues, com um divertido toque de “funky”, impressionou a cantora de Saint Louis, que se dirigiu ao Bar/Café do espaço Pátio de Letras para conhecer um pouco mais a cena musical algarvia.

«Foi uma história muito engraçada. Fui com umas amigas a um concerto de jazz no Barti Café e ficámos muito bem impressionadas com os Low Tech Groove. Tocaram um set maravilhoso, adorei. No final, uma das minhas colegas disse: devias cantar com eles. Eu não queria interromper (risos), porque eles estavam a tocar tão bem, mas ela acabou por lhes pedir e eles aceitaram», contou Sarah Bollinger.

«Acabei por cantar uma canção com eles e conseguimos uma verdadeira ligação. Então, decidimos tocar juntos e marcar um concerto para esta sexta-feira», acrescentou.

Uma situação inédita para Sarah Bollinger, cujo sorriso e jeito notoriamente tímidos dão a entender o que ela confessa ao nosso jornal: que não é dada a atirar-se de cabeça para situações deste género. «Acho que isto foi a providência divina (risos). Nunca me tinha acontecido nada parecido. Foi um “timing” perfeito!», revelou.

 

Música, voluntariado social e aulas de português

«Faço música, mas também faço voluntariado social em Moçambique. Tenho visitado este país frequentemente para fazer trabalho social e senti a necessidade de aprender português. Então decidi vir duas semanas para Faro, para aprender português aqui em Portugal», contou.

A escolha de Faro teve a ver com a proximidade de praias de qualidade, algo que adora, mas a que normalmente não tem acesso. «Eu sou de Saint Louis, que é mesmo no meio dos Estados Unidos e raramente tenho a oportunidade de ir à praia. Além disso, já trabalhei muitas vezes em grandes cidades e pensei: Lisboa é uma metrópole, posso lá ir em qualquer altura. Quero ir ver as praias em Faro, sei que é muito bonito e relaxante», disse.

Já no Algarve, conheceu pessoas de todo o mundo, que também vieram para a região aprender português. «Sou a única norte-americana. Tenho colegas de curso da Suíça, Austrália, Irlanda… temos jantares muito interessantes», acrescentou, a rir.

 

Disco de Sarah Bollinger estará disponível online

Sarah aproveitou a última semana para conhecer melhor os elementos dos Low Tech Groove, ensaiar e, já agora, promover o álbum que irá lançar no dia 27. Ontem, quinta-feira, esteve na Rádio Universitária do Algarve RUA FM com Paulo “Gefites”, como convidada do programa «A minha RUA tem o mar ao fundo», de Nuno Aires e para falar com o Sul Informação.

Os que, depois do concerto de hoje, ficarem com vontade de adquirir o disco que Sarah Bollinger vai lançar, poderão fazê-lo online, em diversas plataformas. «Estará disponível no Itunes e no site Bandcamp, pois também o estou a vender como artista independente. Nesse último, é melhor para mim, pois o artista tem um retorno maior», ilustrou.

«Both/And» será editado em CD, mas também em vinil, um formato que será mais difícil de adquirir, mas que a artista norte-americana se compromete a enviar para Portugal via correio, para os que fizerem questão de ter o álbum neste formato.

sulinformacao

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