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O Bloco de Esquerda vai avançar com uma candidatura a Faro, mas ainda não tem nomes escolhidos para encabeçar a listas candidatas aos diferentes órgãos municipais nas eleições Autárquicas de 2013.

O BE tentou constituir uma candidatura independente, mas acabou por voltar atrás, dado «o pouco tempo que medeia até ao limite de entrega legal das candidaturas e as grandes dificuldades existentes para que seja possível a sua formalização».

Apesar de não avançar ainda os nomes dos candidatos, a candidatura do BE a Faro vai começar a trabalhar desde já na construção da proposta, anunciou a Comissão Concelhia de Faro do partido, numa nota de imprensa.

Depois de ter constituído uma página no Facebook, cujo nome «Faro pela Esquerda» é o mesmo que dá mote à campanha, o Bloco pretende «levar a debate junto da população farense, e para ele ganhar o seu apoio, um programa de emergência social contra o empobrecimento generalizado da maioria das famílias e de salvaguarda dos valores económicos, culturais e naturais do concelho de Faro».

A ideia é recolher contributos «dos munícipes farenses que pretendam colaborar com a candidatura do Bloco de Esquerda, quer integrando as suas listas, quer contribuindo para o debate e a feitura das suas propostas autárquicas». A partir de 1 de junho, será lançada uma página na Internet da candidatura, através da qual também se poderá participar.

O BE/Faro pretende ainda «realizar o maior número possível de encontros de auscultação e troca de opiniões com as diversas entidades oficiais ou particulares representativas dos coletivos sociais, laborais, empresariais, cívicos e culturais em atividade no concelho».

Adiado para próximas eleições ficou «o projeto de constituição de uma candidatura de cidadãos não partidária e independente, amplamente representativa de diversos sectores de esquerda e populares do concelho».

Uma alternativa «que vem sendo cada vez mais sentida como necessária» e que os bloquistas tentaram erguer. «Neste sentido realizaram-se, entre Março e Maio deste ano, diversas reuniões de cidadãos integrantes de diferentes coletivos e movimentos cívicos, sociais e culturais da cidade. Infelizmente, não tornaram viável o seu lançamento com sucesso já para as próximas eleições autárquicas», revelou.

«Sinal dessas dificuldades e resistências políticas às candidaturas de listas cidadãs ao poder local foi a muito recente rejeição em meados de Maio, na Assembleia da República, de propostas do Bloco que facilitavam essas candidaturas, diminuindo consideravelmente o número de subscritores necessários e os seus custos financeiros», acusaram os bloquistas farenses.

«Inviabilizada essa possibilidade, assim como a convergência eleitoral com as outras forças da esquerda parlamentar, o Bloco de Faro deu agora início ao processo de candidatura própria, na convicção de que com ela vai manter os mesmos objetivos de ampla participação cidadã e de mudança de rumo da política autárquica de Faro, embora com muito menor força e representatividade para enfrentar a grave situação social e económica do concelho», concluiu o Bloco de Esquerda.

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