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O Bloco de Esquerda quer que a Assembleia Municipal de Loulé «rejeite liminarmente a extinção da Fundação António Aleixo», medida que poderá acontecer em breve, no seguimento da avaliação que a Inspeção Geral de Finanças fez a fundações de todo o país. Para o BE, caso a instituição seja extinta, isso «provocará grandes perdas no apoio social às famílias, em particular as mais desfavorecidas».

Para a estrutura louletana do BE, não há outro critério por detrás de uma eventual decisão em fechar a Fundação António Aleixo a não ser o da «despesa», já que, assegurou, esta entidade, segundo a ficha do Relatório de Avaliação das Fundações, «contabiliza em três anos cerca de 4500 beneficiários e mobiliza quase cem colaboradores».

«Poderá haver fundações a extinguir, muitas despesas supérfluas que é preciso cortar, muita fuga a imposto que é preciso recuperar, mas não é admissível que se queira poupar no que são os apoios a entidades como a Fundação António Aleixo, que têm um trabalho meritório no apoio social, exatamente num momento em que ele é mais necessário», refere o BE/Loulé, num comunicado.

Para o BE, a única coisa que pode levar o Governo a fechar a fundação sediada em Loulé é a poupança prevista no mesmo relatório, onde se estima que as poupança podem atingir «em matéria de apoios financeiros públicos, entre os 150 e os 200 milhões de euro/ano…” a que acrescerá,  entre outras “ a poupança associada às fundações IPSS… “».

«O Governo, agora ataca as fundações, mais tarde pretenderão atingir as associações e as cooperativas, como já estão a atingir as pequenas e médias empresas. Não é para eliminar os abusos, nem para fomentar a justa aplicação dos recursos, é para “amouchar” a maioria dos portugueses, que ficam cada vez com menos apoios, na saúde, no desemprego, no enquadramento social», acredita o BE/Loulé.

A Câmara de Loulé, apesar de ter defendido publicamente a continuação da Fundação, não se livra de críticas. Isto porque afirmou, na mesma ocasião, que acredita «que os serviços de carácter social prestados por esta entidade continuarão a ser assegurados», caso a IPSS algarvia seja extinta. Ou seja, «fica-se pela mera crença, mostrando falta de coragem para defender elementares direitos das populações de Quarteira e de Loulé», acusou o BE.

«Sentimos, no entanto, que é igualmente necessário que os cidadãos se mobilizem  para fazer ouvir na rua o seu protesto, como fizeram no passado dia 3 de Agosto em Loulé contra o encerramento da urgência», concluíram os bloquistas louletanos.

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