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O Bloco de Esquerda de Tavira quer que os clientes não-domésticos sejam dispensados de pagar uma caução, quando celebrarem novos contratos com a empresa municipal TaviraVerde, responsável pelo abastecimento de água, recolha de águas residuais e resíduos sólidos urbanos naquele concelho.

Os bloquistas apresentaram uma proposta oral nesse sentido, na Assembleia Municipal de Tavira, na passada sexta-feira, que mereceu «a unanimidade para que volte a ser discutida, sobre a forma de recomendação à Câmara Municipal de Tavira, na próxima reunião do órgão municipal».

O principal argumento apresentado pelo BE é a discrepância entre os valores que são cobrados pelo TaviraVerde e pela sua homóloga farense FAGAR. No primeiro caso, é pedida uma caução de 214 euros, enquanto em Faro «o mesmo consumidor paga um valor de 20,06 euros para o mesmo fim».

«Ambas [as empresas municipais] são detidas pelas respetivas autarquias na razão de 51% e têm como parceiros privados a AGS e a Hidurbe, tendo a primeira, em Tavira 36,75% e 32,83% em Faro. A segunda detém 12,25% em Tavira e 16,17% em Faro. Ambas as empresas municipais adquirem água à empresa Águas do Algarve pelos mesmos valores», ilustrou aquele partido na AM de Tavira, através do deputado municipal Artur Samina.

«O Bloco de Esquerda não pode aceitar que empresas municipais com os mesmos parceiros privados e em circunstâncias territoriais similares possam exercer uma discriminação para com os seus consumidores não-domésticos», acrescenta.

A proposta surgiu «no sentido de promover a qualidade ambiental, o desenvolvimento local, a coesão regional, assegurar a viabilidade económica e, ainda, o equilíbrio financeiro dos consumidores não-domésticos dos serviços de água e saneamento básicos».

O bloco considerou ainda que «a Câmara Municipal de Tavira, enquanto accionista maioritário na empresa municipal de Tavira, deve adotar medidas concretas para aliviar os graves prejuízos sofridos pelos consumidores não-domésticos – como resultado de 3 anos de austeridade permanente».

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