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O Bloco de Esquerda de Loulé fala de «pressões e contrapressões, ainda que entre pessoas do mesmo partido, o PSD», antes da votação em Assembleia Municipal da proposta de agregação das freguesias de Querença, Tor e Benafim e considerou, num comunicado, que a legitimidade de todo o processo «fica ferida pela deficiente auscultação da população».

«A maioria PSD/CDS, que cilindra o País, também em Loulé cilindrou a expressão livre e a vontade das populações. Empurrou as freguesias para a escolha do mal menor, sem dar tempo para um debate aprofundado sobre vantagens e desvantagens da agregação. Esta lei é má, muito má, e por isso só podemos exigir a sua revogação!», consideraram os bloquistas.

Acusando o executivo de começar o processo tarde «propositadamente», o BE lamentou que não tenha havido uma rejeição liminar da lei por parte da AM louletana. Por outro lado, defendia que houvesse um processo aprofundado de discussão, que envolvesse a população, algo que, acusou, a autarquia não quis que acontecesse.

«Rejeitando a atempada participação das populações e o referendo – proposta apresentada a seu tempo pelo BE em Fevereiro deste ano e rejeitada pelo PSD/CDS – com o argumento que vivemos num sistema representativo, a Câmara Municipal aprovou no final de Setembro, como lhe competia, uma proposta de agregação de freguesias (em que Querença e Tor se deveriam agregar a São Sebastião), com o propósito de a submeter à Assembleia Municipal apenas uma semana depois. Certamente para evitar que as populações dela tivessem conhecimento», acusou o Bloco.

«Por pressão do BE e da restante oposição, foi possível adiar em 9 dias esta pronúncia da AM permitindo que em Querença e na Tor se realizassem Assembleias de Freguesia, amplamente participadas pela população, que rejeitaram a proposta da Câmara e aprovaram a união entre si e com a freguesia de Benafim», contou o Bloco. Um processo que não se repetiu em Benafim, por falta de tempo, apesar de esta ser uma das freguesias afetadas.

Nas assembleias de freguesia que tiveram lugar, BE disse ter afirmado «o seu regozijo por finalmente se estarem a dar os primeiros passos no bom sentido, discutindo as eventuais agregações com a participação das populações, mas que não poderia haver a decisão forçada de qualquer freguesia».

«O Bloco votou contra porque é totalmente contrário a este processo de reorganização administrativa, que não tem em consideração as características próprias das freguesias nem a vontade das populações», concluiu.

 

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