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Parque Campismo Praia de Faro_3O Bloco de Esquerda de Faro juntou-se à discussão sobre o futuro do parque de campismo da Praia de Faro, defendendo que a área deve ser devolvida «à fruição de todos os farenses e visitantes», mas não sem que se acautele o realojamento de famílias que tenham ali a sua única habitação e se pense em criar um parque de campismo e caravanismo noutro local do concelho.

Apesar de não ter tido influência no chumbo da proposta apresentada pelo presidente da Câmara de Faro Rogério Bacalhau, que quer denunciar um contrato de comodato com a associação que atualmente usa o parque de campismo da Praia de Faro para dar novo uso ao espaço, por não estar representado no executivo camarário, o BE não quis deixar de tornar pública a sua posição.

Os bloquistas farenses defendem, desde logo, que consideram necessário que o concelho tenha um parque de campismo e caravanismo municipal, infraestrutura «fundamental para o desenvolvimento turístico do concelho» e «um serviço essencial a ser prestado» aos municípes e a quem venha de fora.

«Tendo o concelho sido privado deste serviço, em 2003, desde então nada foi feito para o repor. A utilização de um parque de campismo, ou caravanismo, por parte de qualquer utente, pressupõe a ocupação do espaço de forma temporária. Desta forma, não é aceitável o modelo – ocupação permanente – em prática no Parque de Campismo da Ilha de Faro», considerou o BE, numa nota de imprensa.

A Mata do Pontal, na freguesia do Montenegro, é um exemplo dado pelo BE de um sítio onde poderia ser criado de um novo Parque de Campismo.

Bloco de EsquerdaPor outro lado, defende o BE, «urge devolver a área desafetada do domínio público marítimo à fruição de todos os farenses e visitantes». «Sendo público que a larga maioria das edificações existentes nesta zona carecem de licença de construção, ou não estão conformes com a mesma, e, nalguns casos, não possuem licença de habitabilidade, deve a Câmara Municipal de Faro tomar as medidas necessárias para repor a legalidade destas situações. A ocupação da área desafectada é, em muitos casos, tão ilegal como a dos extremos da praia», defendeu.

Também a situação das pessoas que terão a sua única habitação no Parque de Campismo deve ser resolvida, dizem. O BE insta os serviços de ação social da autarquia a «realizar o levantamento de todas as situações de manifesta carência social, económica e dos casos de exclusão social, procedendo ao imediato realojamento condigno destes cidadãos e ao seu ulterior acompanhamento pelo período necessário à sua inclusão social».

O bloco aproveita, ainda, para questionar o que será feito no espaço do parque de campismo, na eventualidade de o contrato ser denunciado. Segundo Rogério Bacalhau, está previsto transformar a zona num parque de estacionamento de 400 lugares, para funcionar este verão. no próximo ano, seria requalificado, para «usufruto da população».

«Urge elaborar para toda esta área um plano de pormenor que deve ter em conta a sua natureza e os riscos associados aos processos da dinâmica costeira e às alterações climáticas. Pelas suas características, esta zona tem duas vocações óbvias: a sua fruição, por todos os farenses e por aqueles que nos visitam, como espaço balnear e na sua preservação enquanto apoio à exploração sustentada dos recursos vivos da Ria Formosa. Consideramos que tais usos são compatíveis com uma progressiva renaturalização deste espaço. A única solução economicamente aceitável para o mesmo, acrescente-se», defende o BE/Faro.

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