O Bloco de Esquerda de Portimão exigiu hoje, em comunicado, a «demissão imediata» de todo o Conselho de Administração do Centro Hospitalar do Barlavento Algarvio, depois da confusão gerada ontem nos acessos ao hospital e à cidade, devido à imposição do parqueamento pago.
Além dessa medida, o BE portimonense considera como «situação inadmissível e ridícula» que a Administração do CHBA tenha alegadamente «dado instruções aos médicos para não demorarem mais que 10 minutos com os seus doentes», de modo a que os utentes não tenham que pagar muito no estacionamento. «Todos sabemos que isto é impossível de cumprir, pois cada caso é um caso», salienta o Bloco em comunicado assinado pelo seu coordenador concelhio João Vasconcelos.
O BE recorda que «o primeiro dia de estacionamento pago no Hospital do Barlavento, em Portimão, trouxe uma enorme confusão e o caos total nos acessos ao Hospital», acrescentando que também foi «muito perigoso ao colocar em perigo doentes e feridos com as viaturas do INEM e as ambulâncias a ficarem retidas nas filas de trânsito».
«As filas de trânsito chegaram a atingir quilómetros nas direções das Cardosas e do Malheiro. Muitas pessoas desistiram de ser atendidas no Hospital e muitos funcionários desta unidade hospitalar não conseguirem estacionar as suas viaturas nos parques grátis, ao contrário dos elementos da Administração que dispõem de lugares reservados no parque subterrâneo», salienta igualmente o Bloco de Esquerda de Portimão.
«Tudo isto é um escândalo e uma vergonha sem limites e o responsável por tal é o Conselho de Administração do CHBA que se encontra às ordens do governo PSD/CDS», denunciam os bloquistas.
A Coordenadora Concelhia do Bloco de Esquerda de Portimão lembra que «já tinha denunciado publicamente o estacionamento a pagar no parque do Hospital» e vem «exigir a revogação desta medida discricionária, injusta e muito penalizadora dos utentes do Hospital, já de si muito sobrecarregados com as taxas moderadoras impostas pelo governo PSD/CDS. São mais taxas em cima de mais taxas e os utentes e outros cidadãos, mergulhados num grave retrocesso social já não aguentam mais roubos, como é o caso do pagamento do estacionamento do Hospital do Barlavento».