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O governo PSD/CDS «desferiu mais uma forte machadada no Serviço Nacional de Saúde com a criação, no último Conselho de Ministros, do Centro Hospitalar do Algarve» por fusão do Centro Hospitalar do Barlavento Algarvio com o Hospital de Faro, defende a Comissão Coordenadora Distrital do Bloco de Esquerda/Algarve, em comunicado.

Segundo a estrutura regional dos bloquistas, «a constituição deste mega centro hospitalar irá afetar principalmente os utentes e as populações de Portimão e de toda a zona Barlavento do Algarve».

«É de prever que o governo, na sua voragem e sanha destrutiva de serviços públicos proceda ao encerramento de serviços e valências em Portimão, provocando mesmo diversos despedimentos, o que é inaceitável. Correm o risco de serem encerrados no Hospital do Barlavento os serviços de Radiologia, Oftalmologia, Ortopedia, Obstetrícia e Otorrinolaringologia e, até, o fecho do Hospital de Lagos. Muitos serviços poderão degradar-se irremediavelmente e tanto doentes como funcionários hospitalares poderão ver a sua vida muito dificultada devido a deslocações diárias superiores a 120 quilómetros», denuncia o BE.

A Comissão Coordenadora Distrital do Bloco de Esquerda/Algarve diz ainda que «não oferecem quaisquer garantias de confiança o que o governo e o presidente da ARS/Algarve afirmam – que a criação do Centro Hospitalar do Algarve irá trazer “mais valias”, “maior equidade territorial” e que “não está prevista a extinção de valências nos hospitais de Portimão e Lagos”. A submissão de cócoras aos ditames da troika não augura nada de bom, a não ser que o governo se demita, ou seja demitido».

O BE acrescenta que «não deixa de ser estranha a posição do governo, quando o que estava em preparação era a constituição de uma ou mais Unidades Locais de Saúde, nas quais seriam integrados os hospitais e centros de saúde/Agrupamentos de Centros de Saúde existentes na região de saúde do Algarve, o que contrasta flagrantemente com a integração de todos os hospitais no mesmo centro hospitalar».

A Comissão Coordenadora Distrital do Bloco de Esquerda/Algarve, além de «repudiar veementemente» a constituição, já anunciada, do Centro Hospitalar do Algarve, vem «exigir aos responsáveis governamentais e de saúde, que garantam que o acesso das pessoas aos serviços de saúde não será dificultado, que não haverá redução de valências ou especialidades e que os postos de trabalho serão acautelados, não havendo despedimentos, independentemente do vínculo contratual dos trabalhadores».

O Bloco de Esquerda apela a todas as populações do Algarve para que, nos próximos dias 25 de abril e 1 de maio, saiam à rua e se manifestem contra ao governo e contra a troika e em defesa do Serviço Nacional de Saúde e de todos os serviços públicos.

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