O presidente da Câmara de Albufeira lançou o desafio às superfícies comerciais do concelho para ajudarem com bens alimentares os que mais precisam, neste Natal, e quatro responderam afirmativamente.
Carlos Silva e Sousa visitou, na passada semana, a Makro de Albufeira e o Pingo Doce-Belavista, «para agradecer a resposta positiva ao repto que lhes lançou, a fim de comparticiparem na composição de cabazes nesta quadra do ano», anunciou a autarquia albufeirense. Os contributos também chegaram dos supermercados Apolónia e Recheio.
Boa parte da ajuda foi dada pela Makro, superfície retalhista com 75 trabalhadores, situada na Guia, que ofereceu 50 cabazes, entretanto divididos entre a AHSA – Associação Humanitária Solidariedade de Albufeira e a Conferência de S. Vicente de Paulo.
Segundo o diretor da Makro de Albufeira, «foi possível reunir sete produtos por cabaz, mercê da sua acção de sensibilização junto de empresas e fornecedores, mas que para o ano a ação será largamente melhorada e preparada com mais antecipação».
Esta não é, de resto, a única iniciativa solidária que a empresa promoveu, recentemente, em Albufeira. «A Makro está ciente das dificuldades de muitas pessoas e as cheias recentes também nos afetaram, na medida em que os comerciantes da baixa são uma fatia considerável dos nossos clientes; por isso abrimos uma linha de crédito e estamos a reequipar muitas das casas que anseiam abrir antes do final do ano», salientou Mário Campos.
Já o Pingo Doce da Belavista contribuiu com duas paletes de alimentos, que foram «acondicionados em cabazes pela Ação Social do município, que fez a respectiva entrega a famílias carenciadas já identificadas pelos serviços».
«Não podíamos recusar este pedido do presidente, porque não estamos a dar nada à Câmara. Estamos, sim, a ajudar quem efetivamente precisa», segundo José Barbosa, o responsável pela superfície comercial.
Carlos Silva e Sousa agradeceu a solidariedade das empresas que deram o seu contributo, mas não deixou de manifestar a sua surpresa «com o silêncio de outras». «Enquanto houver necessidade, não desisto de pedir a quem tem, para aqueles a quem falta até o elementar: o pão na mesa», assegurou o edil de Albufeira.
Da parte das IPSS apoiadas chega a garantia de que esta ajuda já faz diferença. Apesar de estes serem «poucos cabazes para as muitas necessidades», Lurdes Meirinho, da AHSA, disse estar muito contente com a oferta, já que «em matéria de solidariedade, o pouco de uns faz uma grande diferença para muitos».
Já Dores Correia, da Conferência de S. Vicente de Paulo, considera que «este é o momento feliz, o de recebermos para poder dar e constatarmos que há pessoas solidárias». E antecipou o momento da entrega destes presentes, agendada para o dia seguinte, que descreveu como «um momento de alguma dureza», tendo em conta as dificuldades extremas que algumas das famílias apoiadas passam.