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A Câmara Municipal de Lagos aprovou, em Reunião de Câmara, uma nova Moção de Repúdio sobre as obras de requalificação da EN125, já aprovada pela Assembleia Intermunicipal da “Terras do Infante” – Associação de Municípios (Aljezur, Lagos e Vila do Bispo) em junho do ano passado.
A autarquia volta a sublinhar publicamente o seu “repúdio pela situação clamorosa em que se encontra a rotunda de acesso à Praia da Luz”.

Considerando que já se passou um ano e a situação da rotunda de acesso à Praia da Luz não avançou e que, por outro lado, também as obras de requalificação da EN125 continuam suspensas, a Câmara Municipal de Lagos, reunida no passado dia 5 de junho, reiterou o conteúdo da moção, que já tinha sido aprovada por unanimidade pela Câmara Municipal na sua reunião de 6 de junho de 2012, reforçando a posição anteriormente tomada pela Assembleia Intermunicipal da “Terras do Infante” – Associação de Municípios (Aljezur, Lagos e Vila do Bispo) na sua reunião de 23 de abril do ano passado.

Na Moção, agora aprovada, a Câmara reitera o seu repúdio “pela situação clamorosa em que se encontra a rotunda de acesso à Praia da Luz, palco da cerimónia nacional de hastear da Bandeira Azul e da Bandeira da Praia Acessível, no passado dia 1 de junho (início da época balnear)”.

De acordo com o documento, “há mais de um ano que a autarquia chama a atenção para o perigo e a péssima imagem que aquela artéria representa para Lagos e para o Turismo algarvio e português, quando tudo parece tão fácil para a conclusão e limpeza daquele crucial nó rodoviário. O mesmo se refere em relação à circular de Lagos, praticamente concluída há um ano, à mercê dos elementos da natureza e em degradação, à espera, da última camada de revestimento”.

É ainda apontada a “total falta de resposta” aos pedidos de colaboração e de informação suscitados pelas autarquias envolvidas, por parte das entidades responsáveis, nomeadamente da parte do Governo central, das Estradas de Portugal e das empresas construtoras, quanto à conclusão das obras suspensas desde o início de 2012, “o que demonstra a total falta de respeito de tais entidades pelas populações e seus legítimos representantes”, refere, a terminar o texto da Moção, o presidente da Câmara Municipal de Lagos.

 

Transcrição da Moção aprovada em 06 de junho de 2012:

“MOÇÃO
ACESSIBILIDADES AO TERRITÓRIO DA “TERRAS DO INFANTE” – Associação de Municípios.

Reunida em 23 de abril de 2012, a Assembleia Intermunicipal da “Terras do Infante” – Associação de Municípios, aprovou uma moção de protesto e insatisfação, subscrevendo a posição tornada pública pela Câmara Municipal de Lagos, manifestou a sua preocupação e insatisfação pela suspensão dos trabalhos da requalificação da EN 125 no Algarve que decorrem na área dos municípios de Lagos e Vila do Bispo, as quais avolumam as dificuldades de acessibilidade aos três municípios mais sudoeste da Europa Continental, especialmente aos cerca de 1,5 milhões de turistas que se deslocam a estes territórios e visitam o Cabo de São Vicente.

A Associação de Municípios chamou, então, atenção para o perigo e desconforto para os munícipes, turistas e todos os automobilistas que constitui o facto de a rotunda no cruzamento das Quatro Estradas/Lagos, de acesso à Vila da Luz e ao concelho de Vila do Bispo ter ficado a meio, mal sinalizada, com obstáculos e sinais contraditórios em espaço de circulação.

Por outro lado, a circular de Lagos, que fará a ligação da via do Infante à rotunda atrás referida e à rotunda da Fonte Coberta, e que constitui, por isso, uma via principal e estruturante das acessibilidades a Lagos, à Praia e freguesia da Luz e ao concelho de Vila do Bispo, prometida para abrir na primavera, com esta suspensão, fica posta em cheque a sua entrada em serviço neste verão.

Estão paradas as obras das várias rotundas previstas para o trajeto da EN125 em ambos os concelhos, em locais de grande conflito de tráfego, o que, no verão, virá novamente causar grandes atrasos no tráfego. Algumas, de grande perigosidade e efetiva sinistralidade, como é o caso do acesso ao Chinicato /Lagos, no cruzamento de Burgau e na Raposeira (ambos em Vila do Bispo) ainda nem sequer começaram, pelo que esta paragem do processo ainda inquieta mais residentes e autarcas quanto à sua efetiva concretização.

Reclama-se a imediata continuação do processo de implementação da variante de Odiáxere/Lagos, uma vez que já foi aprovada a declaração de impacte ambiental. Todos os atrasos na concretização deste eixo viário alternativo ao atual traçado da EN 125, que atravessa a vila de Odiáxere, continuarão a causar o caos naquela vila. Com a entrada em vigor das portagens da Via do Infante (situação que só deveria ocorrer depois da requalificação da EN125!), o Odiáxere voltou a registar grandes filas de trânsito, situações de perigo permanente, perda da qualidade de vida e tranquilidade dos seus habitantes, e o verão ainda não chegou!

Chegados ao mês de junho de 2012, as obras continuam paradas, o perigo para os automobilistas aumenta e os prejuízos para o Barlavento Algarvio acumulam-se, pela falta de competitividade que tal situação acarreta, pois a Via do Infante não é alternativa de acesso.

Apelamos ao bom senso do Governo para que, com um pequeno esforço financeiro, que será sobejamente compensado pela dinamização da economia e do turismo, acabe com urgência as obras de requalificação da EN 125.

Para o efeito vamos pedir audiência ao responsável do Governo pela pasta das Estradas Nacionais”.

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