A Câmara de Lagos exigiu ao Governo que tome «medidas urgentes que assegurem o acesso de todos a cuidados de saúde dignos e essenciais», numa moção aprovada por unanimidade na reunião do executivo lacobrigense a 4 de Janeiro, um dia depois dos médicos ao serviço no Hospital de Lagos terem sido retirados, por decisão da administração do Centro hospitalar do Algarve.
Segundo a Câmara de Lagos, esta é uma «prática infelizmente recorrente, com inúmeras escalas sem médico atribuído», o que coloca o Hospitald e Lagos «em risco de funcionamento».
Na moção aprovado, a Câmara de Lagos manifesta ao Governo e à Administração Regional de Saúde do Algarve a sua «contestação pela falta de qualidade na resposta da prestação de serviços de saúde que estão a ser dispensados aos utentes do Hospital de Lagos/região e o protesto e não aceitação do prosseguimento desta situação».
Ao mesmo tempo, exigiu que o executivo de António Costa tome «medidas urgentes que promovam a contratação, dos profissionais de saúde necessários para colmatar o elevado número de utentes que não têm, em tempo útil, resposta nos serviços de saúde prestados nos hospitais da região e o abandono a que o Governo os tem condenado».
«Somos por um serviço de saúde/serviço de urgência com qualidade, com mais recursos, com mais capacidade de resposta, com mais dignidade», lê-se na moção que foi aprovada.
Segundo a Câmara de Lagos, o objetivo do texto foi o de «pugnar pela dignidade dos serviços de saúde prestados na região, exigindo ao Governo a tomada de medidas urgentes que assegurem o acesso de todos a cuidados de saúde dignos e essenciais, consagrados de forma explicita na Constituição da República Portuguesa».