As obras de reabilitação do Palácio Gama Lobos, em Loulé, já estão em curso. A empreitada, «um dos principais projetos na área da cultura previstos para 2017 no concelho de Loulé», foi consignada na passada semana e deverá estar pronta dentro de ano e meio, segundo a Câmara louletana.
A autarquia irá investir cerca de 1,3 milhões de euros na recuperação deste edifício histórico, com o objetivo de o transformar «num polo de criatividade». Entre outras valências, o recuperado Palácio Gama Lobos passará a ser a “casa” do projeto Loulé Criativo, «que aposta na valorização da identidade do território tendo como força motriz a criatividade e a inovação, dinamizando residências criativas e eventos culturais, apoiando a instalação e atividade de artesãos e profissionais do setor criativo e estimulando a investigação e experimentação nestas temáticas».
As obras irão incidir sobre dois pisos do edifício, com aproximadamente 1557 metros quadrados de área de construção, localizados na Rua Nossa Senhora de Fátima. O processo de reabilitação passará pela preservação e recuperação do edifício, s«em grandes alterações estruturais, mas com a introdução de algumas contemporaneidades arquitetónicas e artísticas».
A autarquia garantiu que «serão utilizados materiais e técnicas sustentáveis e ecológicos» e que a intervenção permitirá dotar o edifício «de conforto e funcionalidade, tendo em conta todas as exigências programáticas».
«Localizado na malha urbana atual, o Palácio Gama Lobos, elemento patrimonial de referência, é um dos mais importantes edifícios brasonados da arquitetura civil e do estilo chão em Loulé. O edifício é composto por duas zonas distintas, uma de construção Pombalina da segunda metade do séc. XVIII, que será alvo desta intervenção, e outra menos nobre correspondente à ampliação efetuada provavelmente no princípio do séc. XX, onde funcionam atualmente algumas atividades desportivas», descreveu a Câmara de Loulé.
«Com carácter habitacional, a sua estrutura espacial é marcada por uma sucessão de espaços de habitar característicos de um palácio urbano com ligações ao mundo rural. É também conhecido por Palácio dos Espanhóis, pelo facto de ter acolhido os refugiados Jesuítas durante a Guerra Civil de Espanha», concluiu a autarquia.