A Câmara de Loulé veio a público garantir que apenas 5 por cento dos consumidores do concelho pagam o valor mais elevado de água e esgotos do país, que «correspondem a uma ínfima parcela do território do Concelho e com características muito específicas: Quinta do Lago e Vale do Lobo».
Os restantes munícipes pagam valores «dentro da média nacional» e até abaixo de municípios vizinhos, assegurou a autarquia louletana numa nota de imprensa.
Em resposta a uma notícia veiculada na Comunicação Social, a Câmara explicou que «estes dois espaços têm taxas fixas associadas ao pagamento de águas e esgotos que tentam, de alguma forma, criar condições de sustentabilidade para o investimento que é necessário fazer nestes espaços e para o grau de exigência dos seus residentes relativamente aos espaços verdes, às infraestruturas de rede viária, etc».
«Trata-se de uma zona de luxo por excelência, resorts dos mais conceituados da Europa, em que qualidade dos serviços prestados ao nível da manutenção e criação de infraestruturas se paga através destas taxas fixas», ilustrou a autarquia.
«No entanto, estes valores não são aplicados à grande maioria do universo dos consumidores louletanos (95 por cento) que pagam um valor muito abaixo do que é cobrado nestas zonas, que se encontra na média nacional, e comparativamente com alguns municípios do Algarve é até mesmo inferior», contrapôs.
Contas feitas, «um consumidor de água que não tenha esgotos paga por ano, para 10 metros cúbicos, 168 euros, e um consumidor que tenha águas e esgotos, paga um valor de 284 euros, um custo muito inferior aos 498 euros apontados na referida notícia e que corresponde apenas ao valor pago pelos 5 por cento de consumidores que se encontram na Quinta do Lago e Vale do Lobo».
«Como tal, é incorreta a afirmação de que o munícipe de Loulé é aquele que tem a água mais cara do país», defendeu a Câmara louletana.