A Câmara Municipal de Monchique, em parceria com o IEFP, empregou cinco jovens com deficiência, duas raparigas e três rapazes, com o objetivo de «lhes proporcionar o desempenho de atividades socialmente úteis».
Esta é mais uma das medidas e projetos de inclusão socioprofissional que o Município tem promovido, visando o nicho de «população mais vulnerável», com destaque para aqueles que se encontram em situação de desemprego.
Este “Programa Municipal para a Inclusão Ativa” de Jovens com Deficiência, promovido pela Câmara de Monchique, em parceria com o IEFP, através da candidatura efetuada e aprovada ao Programa “Contrato de Emprego-Inserção para Pessoas com Deficiência e Incapacidade”, resulta da «necessidade de dar uma especial atenção a uma situação que representava, quer para os próprios, quer para as suas famílias, uma grande preocupação pelo facto de ainda existir muita relutância por parte das empresas em admitir pessoas com algum grau de incapacidade ou deficiência, levando à sua inevitável marginalização, não só do mercado de trabalho como também da sociedade onde residem».
«Queremos que as pessoas se sintam bem e felizes, e não há melhor forma de integração do que através de uma ocupação ou de um emprego», disse o presidente da Câmara Rui André.
O autarca defende ainda que «é fundamental que as pessoas se sintam úteis, daí a importância que este tipo de medidas representa na inclusão de pessoas, neste caso particular de jovens, que se sentem excluídos da sociedade. Queremos que este exemplo constitua também um despertar para outras instituições e empresas neste capítulo, no qual ainda há um caminho grande a percorrer no sentido de construirmos uma sociedade mais justa e inclusiva».
O Programa Municipal para a Inclusão Ativa teve início no passado mês de dezembro, tem a duração de um ano e os participantes auferem o valor do IAS mais o subsídio de alimentação.
Além de facilitar e promover a integração socioprofissional destes jovens, o programa pretende ainda apoiar a qualificação e o emprego destas pessoas, prevalecendo o especial cuidado com a promoção da sua autonomia, realização pessoal e promoção da sua autoestima e autodeterminação.
A intervenção e apoio são centrados nos interesses, preferências e funcionalidades destes jovens, porquanto esta é uma condição indispensável para o exercício da sua autonomia e capacidade de trabalho, já que o mesmo visa o desenvolvimento de competências pessoais, sociais e profissionais necessárias à sua integração futura em regime de trabalho normal.
A Câmara de Monchique afirma ser «um parceiro ativo» do Centro de Emprego e nos projetos de inclusão socioprofissional, empenhando-se em projetos que têm permitido a formação, a manutenção e a ocupação socioprofissional de cidadãos inscritos no Centro de Emprego.
Recentemente foram integrados, no âmbito de um protocolo entre a autarquia de Monchique, o IEFP e a Associação de Produtores Florestais do Barlavento Algarvio (Aspaflobal), vinte pessoas que se encontravam na situação de desemprego, estando neste momento a realizar trabalhos de silvicultura preventiva e limpeza de terrenos e vias de circulação e manutenção das faixas de gestão de combustível.