Monchique reforçou todo o seu dispositivo de vigilância da Serra de Monchique, apresentando mais equipas no terreno em relação ao ano anterior, tendo também, no período muito crítico que se inicia hoje, posicionado uma Brigada de Combate a Incêndios Florestais (BCIN Barlavento), estacionada em Alferce.
Monchique conta também com mais uma ELAC – Equipa de Logística de Apoio ao Combate, duas equipas ECIN – Equipa de Combate a Incêndios Florestais, uma posicionada no Quartel dos Bombeiros na vila de Monchique e outra na Secção de Marmelete/Casa do Povo. Está igualmente instalado no concelho uma EHATI – Equipa Helitransportada de Ataque Inicial.
Afirmando-se «consciente que toda a estratégia de combate só poderá ser eficiente caso o sinal de ignição seja dado em tempo útil», o Município de Monchique continua a dar «especial destaque e investimento» a esta área de intervenção dos incêndios florestais, tendo reforçado este ano as equipas de vigilância em todo o concelho.
Ao todo, serão seis as equipas de vigilância e deteção de incêndios que irão percorrer toda a área deste concelho serrano, todas resultantes de protocolos e acordos que a Autarquia fez com diversas entidades para a constituição destas equipas, que têm ainda capacidade de primeira intervenção, estando munidas com meios próprios.
São exemplos as equipas da associação de Caçadores do Alferce, associação “Os Pulmões do Algarve” de Marmelete, associação de Produtores Florestais, Associação dos Bombeiros de Monchique.
Há ainda a presença de duas equipas do GIPS da Guarda Nacional República, que também integram a EHATI. Também da responsabilidade da GNR estão instalados no concelho dois Postos de vigia fixos, um na Foia e outro na Picota.
Por outro lado, duas equipas constituídas pelos Militares do Regimento de Infantaria nº 1 de Beja fazem patrulhas armadas, 24 horas por dia, em todo o território do concelho, num protocolo entre a autarquia e esta entidade, que, desde 2010, vem fazendo ações de vigilância no concelho de Monchique, que foi pioneiro neste tipo de missões por parte do Exército Português.
Para Rui André, presidente da Câmara de Monchique, a autarquia «tem feito um esforço enorme, ao longo dos últimos anos, tanto financeiro, como logístico, para que estejamos cada vez mais e melhor preparados, mais bem apetrechados para prevenir, detetar e combater de forma eficiente um flagelo que já tantas vezes assolou o concelho».
O autarca acrescenta que «este ano resolvemos desafiar uma Associação de Caçadores que tem uma viatura equipada com kit de emergência, para constituir mais uma equipa e efetuar a vigilância da zona da Freguesia de Alferce. Já tínhamos protocolos e ações concertadas para a limpeza e manutenções de faixas de gestão com as associações de caçadores do concelho e este ano ousámos ir um pouco mais longe e constituir mais esta equipa».
É que, salienta Rui André, «Monchique depende muito da Floresta, é sobre ela e a sua defesa contra incêndios que temos de concentrar esforços e por isso não baixaremos os braços enquanto decorrer este período crítico».
Todas estas equipas têm apoio financeiro e/ou logístico por parte da Câmara Municipal de Monchique, num investimento financeiro que, segundo o autarca, é mais do que necessário. «Os custos que temos com toda esta operação são todos eles irrisórios se detetarmos e impedirmos um incêndio de grandes dimensões. O que aconteceu em 2003 e 2004 levou este concelho a graves problemas económicos e sociais, que não pretendemos, acrescentava, como sou crente, se Deus quiser que volte a acontecer».
Monchique tem ainda bem presente os grandes incêndios que deflagraram em 2003 2004 no concelho e quer por isso acautelar para que tal não volte e suceder, pelo que investe todo o seu esforço para apoiar e criar condições a todas as entidades e agentes que constituem o DECIF 2016 – Dispositivo Especial de Combate a Incêndios Florestais.