A Câmara Municipal de Lagoa lançou um «Programa de Revitalização do setor da Construção Civil» que passa por atribuir, a arquitetos e empresa do concelho, quatro obras no valor global de 600 mil euros.
Francisco Martins, presidente da Câmara de Lagoa, revelou ao Sul Informação que o objetivo é «injetar capital na economia local», contribuindo para «revitalizar empresas de construção sediadas em Lagoa, permitindo-lhes criar ou manter os seus postos de trabalho, bem como valorizar os nossos arquitetos, que assim terão trabalho, mas também um showroom ao ar livre para mostrar a sua obra».
O autarca salientou que, por ajuste direto, serão escolhidas quatro arquitetos do concelho, que farão o projeto da obra, e quatro empresas construtoras, sendo que «o montante não poderá ultrapassar, por razões legais, 150 mil euros por obra e cada arquiteto ou empreiteiro só poderá executar uma das intervenções».
Francisco Martins sublinhou que este será «o primeiro convite, sabendo nós que, no próximo ano, teremos mais convites a fazer para outras obras» e aí serão «outros arquitetos e outras empresas a ser convidados».
Mas de que obras se trata? O edil responde que são intervenções de «recuperação e reabilitação de espaços públicos municipais» em quatro localidades: Lagoa, Parchal, Calvário e Porches.
Assim, em Lagoa, será alvo de intervenção a zona do parque infantil, escola de trânsito e skate parque, junto à EN125, na zona nova da cidade. Pretende-se «integrar todos estes equipamentos públicos num grande parque, aberto, bem como corrigir alguns erros, nomeadamente mudando o skate parque da zona onde está agora, muito perto dos prédios de habitação e por isso frequentemente alvo de queixas dos moradores, por causa do barulho. Vamos mudá-lo para uma zona mais a norte, longe dos prédios».
No Parchal, a intervenção será na zona do polidesportivo do Bairro da CHE Lagoense, que está, segundo o autarca, «degradado e até atrai hoje alguma criminalidade».
No Calvário, as obras irão avançar no espaço, junto à estrada, onde atualmente se faz a feira de velharias e as festas, «corrigindo também a rotunda que ali existe e que, por quase sair fora da estrada, é um perigo». A intervenção passa por integrar toda a zona num único parque urbano, destinado ao lazer e a festas.
Finalmente, em Porches, a zona a intervir é o «terreno baldio» junto ao bairro municipal, onde tem lugar o Festival do Caracol, e que o presidente Francisco Martins também quer que assuma características de «parque urbano que sirva a população».
«Estas são as primeiras quatro obras, nas quais pretendemos que haja qualidade, mas também que tenham a ver com a população que vai usar esses espaços. Daí termos irmos escolher, para os projetos, arquitetos que se identifiquem e conheçam os nossos territórios», acrescentou o autarca.
Francisco Martins assume que este «Programa de Revitalização do setor da Construção Civil» pode ser «questionável», mas garante que tudo será feito «com total transparência». «Este ano serão quatro arquitetos e quatro empresas do concelho, no próximo serão outros quatro arquitetos e quatro empresas diferentes», repetiu.
«Toda a aposta que temos vindo a fazer é para revitalizar a economia do concelho de Lagoa. Apostámos este ano no vinho, com diversos eventos, e com isso estamos a promover muitos outros setores, como o turismo, e queremos continuar a promover os produtos e os empresários lagoenses», concluiu o presidente da autarquia.