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A 2ª fase da requalificação da Fortaleza de Sagres vai mesmo avançar e já está feita a candidatura ao PIT, o Programa de Intervenção no Turismo, que há de financiar grande parte dos 3,9 milhões de euros necessários para terminar as obras naquele que é o terceiro monumento nacional mais visitado no país.

O anúncio foi feito pela diretora regional de Cultura, na própria Fortaleza de Sagres, no mesmo dia em que, no porto da Baleeira, foi apresentado o projeto «Descubriter – Rota Europeia dos Descobrimentos».

A diretora regional Dália Paulo anunciou que o organismo que dirige e que é responsável pela requalificação da Fortaleza «está a trabalhar em conjunto com a Comissão de Coordenação e Desenvolvimento Regional no financiamento desta 2ª fase da intervenção».

No entanto, ainda antes que as ações previstas nessa 2ª fase avancem, falta terminar a «grande empreitada» que resta para completar a 1ª fase: a reabilitação das muralhas, que inclui também a sua iluminação cénica.

Dália Paulo disse que «já há uma empresa vencedora» do concurso aberto para essa última intervenção, estando agora o procedimento em fase de «avaliação pelo Tribunal de Contas». O objetivo é que avance o mais rapidamente possível, já que esta 1ª fase terá que estar pronta até agosto deste ano de 2013.

Quanto à 2ª fase, prevê um ano e meio de intervenção e terá que estar terminada em dezembro de 2014. Vai começar pela reabilitação dos edifícios construídos nos anos 90, da autoria do arquiteto João Carreira.

Num dos edifícios, frente à rosa-dos-ventos, será instalado um Centro Expositivo, cuja museografia e instalação de conteúdos faz parte desta 2ª fase. Este Centro, com conteúdos concebidos pela empresa P-06, terá como personagem principal o Infante D. Henrique e permitirá que os visitantes de todas as idades e nacionalidades viajem pela história do Promontório de Sagres, mas também mergulhem nos mundos que os Descobrimentos abriram para os europeus, num espaço que apelará a todos os sentidos.

«Sagres, pela sua beleza e paisagem, atrai muitos visitantes. Mas também queremos contar uma história, porque isso é o que fica na memória do visitante», explicou a diretora regional de Cultura.

A 2ª fase inclui ainda uma novidade: o festival «Tou Aí», que englobará artistas das artes plásticas, da literatura e da música dos países com ligação através da língua (Angola, Brasil, Cabo Verde, Guiné, Macau, Moçambique, Portugal, São Tomé e Timor).

Será, segundo explicou Dália Paulo, um festival que se prolongará no tempo e que colocará Sagres no centro dessa rede de trocas culturais.

A 2ª fase inclui também a produção de materiais de apoio à visita (folhetos, etc), a criação de uma página eletrónica, bem como seminários e formação, para os próprios funcionários da Fortaleza mas também para quem está no terreno na área do turismo.

Desidério Silva, presidente da Entidade Regional de Turismo do Algarve, também presente na apresentação da 2ª fase da requalificação da Fortaleza de Sagres, salientou que «a Cultura tem que ter um enfoque muito importante do turismo» na região.

Garantiu ainda o «compromisso» do organismo a que preside: «contribuir para a valorização da Fortaleza de Sagres, enquanto monumento mais visitado do Algarve».

A ERTA, disse também Desidério Silva, está aberta a uma «parceria para o que for necessário», nomeadamente para «ir a Lisboa sempre que for necessário para que este projeto avance».

Um apoio de pressão que poderá ser importante para, de facto, concretizar a 2ª fase da intervenção, já que, apesar da candidatura ao PIT referida garantir grande parte do dinheiro, a conclusão da requalificação da Fortaleza de Sagres precisará de mais financiamento, cuja origem ainda não está perfeitamente esclarecida.

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