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Faro quer ser capital Europeia da Cultura em 2027 e o prazo para apresentar a candidatura final é já em 2021. Para aumentar as possibilidades de sucesso, os responsáveis pelo setor da cultura, na capital algarvia, querem criar uma estrutura para residências artísticas, que permita colocar Faro no mapa nacional e internacional da criação cultural.

Esta ideia não é nova, mas ganhou força com a decisão de Faro em candidatar-se para ser a Capital Europeia da Cultura, dentro de dez anos. Assim, a aposta numa estrutura que possa acolher artistas, para que desenvolvam os seus projetos «é algo que já está a ser pensado» e que poderá vir a ser uma realidade a médio prazo.

«Começámos agora, por isso não é fácil apontar prazos. Mas é algo a que não estamos alheios e percebemos que esta é uma lacuna que, rapidamente, temos de corrigir», revelou Gil Silva, o novo diretor-delegado do Teatro das Figuras, numa entrevista ao programa radiofónico Impressões, dinamizado em conjunto pelo Sul Informação e pela Rádio Universitária do Algarve RUA FM.

«Acho que é imprescindível ter uma casa que possa acolher artistas, para que possam criar. Claro que podemos alojá-los em hotéis, mas não é a mesma coisa. Num espaço como este, os criadores podem cozinhar as suas próprias refeições, ter a sua liberdade para estar, que não é igual há que existe numa unidade hoteleira. Isto para não falar dos custos financeiros», considerou.

Este será apenas um elemento num projeto que terá de ser bem mais vasto e que extravasará as fronteiras de Faro.

«Termos uma capital da cultura vai mudar o panorama cultural, não só de Faro, mas de toda a região. Isso obrigará a que a cultura passe a ser uma prioridade das autarquias. Isso será uma espécie de revolução. Nos exemplos que temos, só a nível nacional, o pós-Capital da Cultura – apesar de alguma ressaca – foi excelente. Vemos hoje a força e o nome que têm Lisboa, Porto e Guimarães», lembrou Gil Silva.

Ser o detentor do estandarte de Capital Europeia da Cultura poderia servir como catapulta para o tecido cultural da região, ao qual, na visão de Gil Silva, não é dado o devido valor. «O Algarve, enquanto região cultural, não tem ainda o reconhecimento que merece a nível nacional», acredita.

Segundo o diretor-delegado do Teatro das Figuras, «já há um tecido de criadores considerável, no Algarve». «Obviamente que o 365Algarve veio ajudar a que estas associações e criadores tenham meios para se mostrar. Isso é uma mais valia», acrecentou.

O dinheiro chega pela via deste programa cultural, que pretende garantir que há coisas a acontecer na região entre Outubro e Maio, mas a fatia dos apoios nacionais à cultura que vem para o Algarve continua a ser fina.

«Saíram agora os apoios e o Algarve, a nível nacional, voltou a não ter a expressão de outras regiões. Cabe-nos a nós, enquanto agentes algarvios, lutar para que estas assimetrias deixem de acontecer. Porque, senão, é como uma pescadinha de rabo na boca: não dão porque não há e não há porque não dão», ilustrou Gil Silva.

Um dos caminhos, que o Teatro das Figuras quer trilhar com esta nova direção, é a aposta em coproduções. A ideia é criar este tipo de parcerias com estruturas nacionais e locais, «embora ache que devemos apostar mais nas associações algarvias, pois é importante dar mais visibilidade ao tecido cultural local».

 

Clique aqui para ouvir a entrevista, na íntegra.

sulinformacao

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