As Câmaras de Vila Real de Santo António e Castro Marim estão, desde hoje, a fazer uma campanha de esclarecimento, junto à Ponte Internacional do Guadiana, para explicar que não é preciso pagar portagens para circular nos trajetos que servem as duas primeiras saídas da A22 (Castro Marim/VRSA e Altura/Monte Gordo), depois da entrada em Portugal.
Segundo a Câmara de Vila Real de Santo António, «a ação tem como principal suporte de comunicação um outdoor colocado à saída do tabuleiro da ponte do Guadiana, ainda antes dos pórticos de pagamento, esclarecendo os milhares de espanhóis e de turistas estrangeiros que chegam a Portugal que existem alternativas gratuitas à autoestrada».
A medida «responde ao apelo de centenas de empresários e comerciantes que se vinham queixando da falta de resposta e informação da Infraestruturas de Portugal e da concessionária da A22, entidades que instalaram pórticos de pagamento para veículos de matrícula estrangeira ainda na área gratuita da autoestrada, induzindo os automobilistas em erro», acrescenta a autarquia.
«O que pretendemos é repor a justiça e informar todos os condutores que não há necessidade de pagar portagens na A22 para circular até às saídas de Castro Marim/Vila Real de Santo António ou de Monte Gordo/Altura. Esta é uma justa e já antiga reivindicação das Câmaras Municipais que nunca foi atendida pela concessionária, pelo que se impunha partirmos para uma campanha de divulgação autónoma», afirma Luís Gomes, presidente da Câmara de VRSA.
«As relações transfronteiriças entre os dois países são muito importantes para a dinâmica social, cultural e económica dos três concelhos do Baixo Guadiana. Com as portagens, introduziram-se algumas dificuldades na passagem da fronteira, que esperamos agora esclarecer e atenuar», destaca Francisco Amaral, presidente da Câmara de Castro Marim.
Esta campanha é lançada algumas semanas antes da Páscoa, altura em que milhares de espanhóis se deslocam ao Algarve em férias ou em atividades de lazer.
A ação tem ainda como objetivo «preservar os fluxos do comércio e da hotelaria das zonas de fronteira do Algarve, muito procuradas pelos espanhóis residentes na zona da Andaluzia, informando os visitantes que tudo se mantém como dantes para chegar até aos municípios portugueses mais próximos».
O passo seguinte passa pela distribuição de informação junto dos meios de comunicação social da Andaluzia, à semelhança do que já foi efetuado pelas autarquias do Baixo Guadiana aquando da introdução de portagens na Via do Infante, em 2011.