O CAT – Centro de Atendimento a Toxicodependentes de Portimão já não vai ser instalado na zona da Quinta do Amparo, garantiu ao Sul Informação fonte do Gabinete da Presidência da Câmara de Portimão.
A possibilidade de mudar o CAT da sua atual localização, nas traseiras da Igreja Matriz, para a Quinta do Amparo tinha já gerado protestos por parte dos moradores, veiculados nomeadamente pela Associação para a Defesa dos Interesses da Comunidade da Quinta do Amparo (ADEFICQA).
Segundo a mesma fonte, depois de negociações entre a Câmara de Portimão e a Administração Regional de Saúde (ARS) do Algarve, que têm decorrido ao longo desta semana, concluiu-se que «o CAT será transferido provisoriamente para a localização inicialmente prevista, na Zona Ribeirinha de Portimão».
No entanto, ainda não será esta a localização definitiva e final daquele equipamento de apoio aos toxicodependentes, tendo a Câmara e a ARS estabelecido «uma estratégia concertada e uma solução definitiva, nomeadamente em termos de localização».
Assim, ambas as entidades comprometem-se a «desenvolver contactos com o CHBA – Centro Hospitalar do Barlavento Algarvio, para que seja construído, numa parceria entre as três instituições referidas, um novo Centro de Respostas Integradas em terrenos disponíveis» junto ao hospital, passando essa a ser «a localização definitiva» do CAT.
A fonte do gabinete da presidência da Câmara de Portimão acrescentou ainda que já informou a ADEFICQA do resultado destas negociações.
A localização do CAT de Portimão é, desde há anos, fonte de controvérsia. Em 2007, devido aos distúrbios causados pela presença dos toxicodependentes nas ruas junto ao CAT, comerciantes e moradores do centro de Portimão chegaram a fazer um abaixo-assinado, exigindo a retirada desse serviço daquela zona habitacional e de comércio.
A transferência da zona antiga de Portimão, junto à Igreja Matriz, para um espaço na Avenida Guanaré, na zona ribeirinha, foi alvo de um protocolo em 2008, entre a autarquia e o Instituto da Droga e da Toxicodependência (IDT), mas a mudança nunca chegou a concretizar-se.
Previa-se, então que o CAT desse lugar a um Centro de Respostas Integradas (CRI) – unidade do Barlavento, com novas competências, nomeadamente passando a intervir ao nível da prevenção, da minimização de riscos, do tratamento e redução de danos e ainda da reinserção social dos toxicodependentes.
De acordo com esse protocolo, o IDT seria responsável pelo arrendamento do espaço, enquanto a Câmara se responsabilizaria pela agilização das obras de adaptação das instalações onde funcionará o futuro Centro.
Mas nada disso avançou entretanto, embora agora a solução provisória para a instalação do CAT volte a apontar para o espaço na zona ribeirinha.