A CDU/Olhão mostrou-se «aberta ao diálogo com todas as forças políticas e ao exame concreto que cada situação colocar», sempre com o programa eleitoral que apresentou em mente.
Os comunistas dizem que a eleição da mesa da Assembleia Municipal, já realizada, em que votaram na lista apresentada pelo PSD à presidência do órgão, foi um exemplo desta postura e garantiram que «assim será na instalação de cada um dos órgãos autárquicos».
Sem referir nunca o voto nos sociais-democratas, a CDU Olhão acrescentou que não irá pactuar «nem com a sua submissão a interesses que não são os das populações e que estas claramente condenaram com a retirada da maioria absoluta ao PS, nem tão pouco, com uma política que, embora com outros protagonistas, pelo seu passado e opções presentes, representaria no fundo a continuação da política de desastre que tem marcado a gestão autárquica Olhanense».
Além deste aviso lançado ao PS, que lidera o executivo camarário, a CDU enalteceu os resultados obtidos nas urnas, em Olhão, a 29 de setembro, recordando que foram a única força política «a subir em todo o concelho em número de votos, em percentagem e em mandatos – um vereador, três eleitos na Assembleia Municipal, dois eleitos nas Assembleias de Freguesia de Olhão, Quelfes e Pechão e um na União de Freguesias de Moncarapacho e Fuseta».
«Animados pela confiança que a população nos deu, determinados em levar à Câmara, à Assembleia Municipal e às Freguesias os problemas e aspirações das populações, seguros das propostas que iremos apresentar, a CDU parte para este novo mandato autárquico com o objetivo de contribuir nos órgãos e fora deles para uma mudança no concelho e no país», acrescentaram os comunistas olhanenses.
«Uma mudança que passa pela intensificação da luta de todos os que aspiram a uma vida melhor, luta que terá um momento alto já no próximo dia 19 de Outubro, na Marcha por Abril, que se realizará em Lisboa», concluiu.