Centenas de pessoas saíram à rua em Faro, com ponto de encontro no Jardim Manuel Bivar, na Baixa da cidade, para participar no protesto dos “indignados”, que se proclamou “antipartidário, laico e pacífico”.
Em Faro, os participantes empunhavam cartazes ou faixas com palavras de ordem exigindo «Verdade», «Respeito», «Mala de Cartão? Não!», «Democracia real», «Inevitáveis a tua tia!» ou afirmando «Quem cala não sente». Havia ainda caricaturas do primeiro-ministro Pedro Passos Coelho, com frases como «Economia de Piranhas».
Um dos destaques do protesto na capital algarvia, foi um triciclo motorizado vermelho que ostentava um grande cartaz dizendo: «Indignados nós? Vemo-nos gregos».
Os “indignados” manifestam-se em prol da democracia participativa, pela transparência nas decisões políticas e pelo fim da precariedade de vida.
Em Portugal, houve manifestações em muitas outras cidades, com especial destaque para Lisboa e Porto, mas também em Braga, Coimbra e Évora.
Na capital portuguesa, milhares de manifestantes juntaram-se no Marquês de Pombal, tendo depois rumado à Assembleia da República.
Segundo um dos oradores que discursou no final da manifestação, a presidente da Assembleia da República Assunção Esteves disponibilizou-se para receber as propostas que os manifestantes lhe façam chegar.
De Sydney a Nova Deli, de Lisboa a Nova Iorque, 951 cidades de 82 países estão hoje a ser palco de manifestações e de outras ações de protesto para reclamar uma mudança global democrática e contestar o poder financeiro.
O “movimento dos indignados” ganhou nas últimas semanas um novo fôlego, ao ter repercussões fora da Europa, onde foram registados os primeiros protestos, com a adesão de cidades como Nova Iorque, onde se verificaram manifestações sob o lema “Occupy Wall Street” (“Ocupar Wall Sreet”).
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