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vista areaCMRSO lançamento de um Concurso Público Internacional para a gestão privada do Centro de Medicina de Reabilitação do Sul (CMR Sul), em São Brás de Alportel, acontecerá «muito em breve», «dentro de semanas, seguramente antes do final do mês».

A garantia foi dada aos presidentes das Câmaras de São Brás, Loulé e Tavira pelo vogal do Conselho de Administração da ARS Nuno Ramos e repetida aos jornalistas, à margem da visita que uma comitiva de autarcas fez àquela unidade, esta segunda-feira, 10 de Agosto.

Na visita que fizeram ao CMR Sul, os autarcas dizem ter encontrado uma unidade de saúde a funcionar a meia capacidade, com «27 camas em funcionamento, ou seja, metade das existentes».

«Pela informação que tivemos nesta reunião, no Internamento só estão ocupadas metade das camas, por falta de profissionais de enfermagem, terapeutas e fisoterapeutas. A consulta externa está a 30 por cento da sua capacidade. E isso leva-nos a manifestar, mais uma vez, a nossa preocupação e a questionar o Governo sobre o futuro desta unidade», revelou o presidente da Câmara de São Brás de Alportel Vítor Guerreiro, à margem da visita ao CMR Sul.

Quanto à promessa do vogal da ARS do Algarve,  diz que «quer crer» que se cumprirá, mas não deixa de lembrar que o ministro da Saúde «garantiu, no início de 2014, que o concurso estava para breve e, até agora, nada». «Nas nossas interações com o Ministério e com a ARS, ao longo de todo este tempo, a resposta era sempre que haveria solução em breve», acrescentou

Paralelamente, foi aberto um concurso para contratação de 32 profissionais, que segue os seus trâmites, que ainda podem demorar. «Possivelmente, este processo ainda demora alguns meses a chegar ao fim», considerou Vítor Guerreiro.

E se, no que toca às vagas para enfermeiros, terapeutas da fala e fisioterapeutas «há muitos candidatos, mais do que as vagas disponíveis», já os lugares para médicos, correm sempre o perigo de ficar vazios. «Conseguir médicos para todas as vagas é mais difícil. Mas esperemos que não fiquem vazias, até porque o centro é atrativo, pelo serviço de excelência que presta, e acaba por ser aliciante», acredita Vítor Guerreiro.

Jorge Botelho considerou, por seu lado, que esta situação poderia ter sido evitada, com o devido planeamento. «O Algarve é uma região com falta de atratividade médica. Por isso, temos dito muitas vezes que devemos antecipar esses problemas, lançando concursos para colocação de médicos antes das outras regiões», defendeu o presidente da AMAL. Até porque as situações de carência são, quase sempre, conhecidas e foram já «sinalizadas pelos autarcas».

REuniãoCMRSulMesmo com as coisas, aparentemente, a andar, Vítor Guerreiro não deixa de manifestar preocupação com o futuro breve. «O nosso receio é que não sabemos se na próxima semana não vai sair mais algum profissional», ilustrou, acrescentando que, desde que foi aberto o recrutamento, em Abril, «já são necessários mais 12 profissionais, além dos 32 que constam no concurso».

A reunião desta segunda-feira, revelou Vítor Guerreiro, foi motivada pela falta de respostas, da parte do Governo, quanto ao futuro do CMR Sul. «Em Maio, pedi uma reunião ao sr. Ministro para conversarmos sobre a situação e futuro do centro. Como não obtive resposta, decidi vir aqui e convidar os srs. presidentes da Câmara de Loulé e da AMAL, para vermos a situação in loco e conversar com as pessoas que aqui trabalham», contou.

Desde que terminou o contrato para gestão desta unidade de saúde entre a ARS do Algarve e o Grupo Galilei, em Novembro de 2013, que se têm sucedido os alertas para a perda de capacidade de resposta do CMR Sul.

A Câmara de São Brás de Alportel tem vindo a manifestar a sua preocupação com o futuro do centro, desde então. Além da autarquia são-brasense, os pedidos de ação têm surgido de outras entidades, nomeadamente da AMAL, mas também de partidos da oposição.

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