O movimento «Com Faro no Coração» (CFC), que apoia a candidatura de José Vitorino à Câmara de Faro, acusou o atual executivo autárquico de «atrasos deliberados na inauguração do Pavilhão Gimnodesportivo e nos pagamentos a fornecedores para coincidir com eleições», situação que considera que está a provocar «enormes danos».
O movimento fala em «duas golpadas eleitorais» da coligação no poder na Câmara de Faro que consideram ser «crimes públicos». O movimento aponta o dedo não só ao atual presidente da autarquia Macário Correia, mas também ao seu vice-presidente e candidato apoiado pela coligação PSD/CDS-PP/MPT/PPM/MIM Rogério Bacalhau.
«Num Concelho com tão graves carências de infraestruturas desportivas, atrasaram as obras do Pavilhão em meses para as inaugurarem agora. Na campanha de 2009 e no início do mandato, criticaram a paragem das obras que encontraram (com razão). Mais tarde, anunciaram a sua inauguração. Depois pensaram ter descoberto um” filão eleitoral” e travaram as obras, para só inaugurarem na véspera das eleições», acusou o CFC.
A obra do pavilhão gimnodesportivo foi lançada no final do mandato de José Vitorino, candidato apoiado pelo CFC e desde a sua génese teve problemas técnicos e financeiros. A sua inauguração chegou a estar anunciada para abril, depois de um acordo que permitiu a passagem da obra do anterior empreiteiro, em insolvência, para outro construtor, mas até agora ainda não abriu ao público.
No que toca às dividas a fornecedores, o CFC acusa a autarquia de atrasar o processo do Programa de Reequilíbrio Financeiro e o empréstimo de 21 milhões de euros do Programa de Apoio à Economia Local (PAEL), «provocando falências e desemprego». «Tudo estão a fazer para, depois de promessas e enganos durante o mandato, só pagarem aos fornecedores, associações, clubes, etc., na véspera das eleições, em mais uma manobra de descarada propaganda», acusou o movimento.