O Orçamento de Faro para 2014 tem receitas «que podem ser fictícias», para cobrir «despesas reais» e «afundará ainda mais o Município, aumentando o buraco financeiro em cerca de 15 milhões de euro», defende o movimento «Salvar Faro, com Coração» (CFC/SF). O documento foi aprovado na segunda-feira, na Assembleia Municipal de Faro, com o voto contra dos deputados municipais do movimento.
Segundo a estrutura que apoiou a candidatura de José Vitorino a presidente da autarquia, em setembro de 2013, «cerca de 25 por cento do total orçamentado» são receitas que podem não vir a realizar-se. O aumento do nível de endividamento preconizado pelo CFC/SF «resulta do facto de se preverem 68,8 milhões de Despesa efetiva, enquanto a Receita realizável pouco ultrapassará os 50 milhões.
«Foi uma má proposta da Coligação PSD/CDS que também responsabiliza o PS, pois só passou devido à sua abstenção conivente na Câmara e Assembleia, quando podia e devia ter votado contra para se fazer uma reformulação que era indispensável», acusou o movimento.
«O que de terrível se está a passar, foi previsto e denunciado no Programa Eleitoral da candidatura ” Salvar Faro, Com Coração” e no essencial tem sido confirmado pelas posições das entidades públicas. O Tribunal de Contas tem recusado dar o Visto no empréstimo do PAEL de 20,6 milhões de euros. Por sua vez,sobre o Orçamento, a Direção Geral da Administração Local expressou que é elevado o risco de não concretização de várias rubricas da Receita e que o risco orçamental é significativo», acrescentou o CFC/SF
O movimento defendeu ainda que há «diversas despesas dispensáveis, que resultam de opções erradas» que se podem cortar, bem como «receitas de outro tipo não contempladas e reestruturação financeira global».