O Hospital de Portimão vai recuperar todas as valências que perdeu após a fusão dos hospitais do Algarve numa só estrutura, o CHA, com a criação do novo Centro Hospitalar Universitário do Algarve, que, segundo o novo presidente da Administração Regional de Saúde (ARS) do Algarve Paulo Morgado, «está por semanas».
«Portimão foi quem mais perdeu com a fusão dos hospitais. A nossa ideia é devolver os serviços que entretanto se perderam», garantiu o novo responsável máximo pela saúde, na região, numa entrevista exclusiva ao Sul Informação.
«Não é um processo fácil nem imediato, porque depende dos profissionais. Agora, o que nós queremos é devolver a Portimão aquilo que perdeu. Queremos que tenha, pelo menos, aquilo que tinha antes da fusão. Assumo isso. Não me posso comprometer com datas, mas esse é o objetivo», disse Paulo Morgado.
Além de recuperar valências, o Hospital de Portimão também «passará a ter uma mais forte ligação à Universidade do Algarve e ao seu curso de Medicina, que também estarão ligados ao CHUA».
O novo modelo a ser implementado nos hospitais algarvios prevê uma estrutura com quatro polos: os dois hospitais que existiam antes da criação do CHA em 2011 (Faro e Barlavento Algarvio), o Centro de Medicina e Reabilitação Física do Sul e um polo de investigação, na Universidade do Algarve.
E, apesar de continuar a existir um único Conselho de Administração, as diferentes unidades verão a sua autonomia reforçada. Ou seja, cada um dos hospitais terá «um gestor e governação clínica e de enfermagem separada».
No caso de Portimão, manterá, como antes, uma relação próxima com o Hospital de Lagos, cuja continuidade está, igualmente, assegurada, garantiu Paulo Morgado.