A confirmação de Loulé como Cidade Europeia do Desporto de 2015 pode ajudar na negociação para manter o Rally de Portugal no Sul.
«Se faltassem argumentos, este seria mais um, suplementar, absolutamente convincente das caraterísticas de Loulé, do clima, da paixão e afeição, em geral, que os algarvios, em particular os louletanos, têm pelo desporto», considera o presidente da Câmara de Loulé Vítor Aleixo.
O Automóvel Clube de Portugal (ACP), organizador da principal prova internacional de automobilismo realizada em Portugal, ainda não anunciou onde será realizado o Rally de Portugal em 2015. A prova tem sido realizada no Algarve e Baixo Alentejo, desde que regressou aos grandes palcos internacionais da modalidade, em 2007, mas isso pode mudar a qualquer momento, segundo os organizadores da prova.
Vítor Aleixo mostra-se confiante que o Estádio Algarve, que os municípios de Loulé e Faro gerem em parceria, continuará a ser a base desta prova, em anos vindouros. «Eu deixei uma mensagem muito clara ao presidente do ACP Carlos Barbosa que tínhamos todo o interesse, abertura e disponibilidade para que a prova continuasse no Algarve, por razões que estão totalmente identificadas», disse o autarca no sábado, durante a cerimónia que confirmou Loulé como a única Cidade Europeia do Desporto portuguesa em 2015.
A forma como têm decorrido as provas nos já muitos anos em que se realiza no Sul, bem como o apoio que tem sido dado pelos muitos parceiros, recebem elogios recorrentes da organização.
Também a nível económico, as coisas têm corrido bem, já que um estudo da Universidade do Algarve aponta para a criação de mais-valias crescente, que atingiram os 54 milhões de euros em retorno direto em 2013.
Mas, da parte do ACP, tem chegado uma mensagem de que é necessário «um maior envolvimento» das regiões que têm acolhido a prova, nomeadamente ao nível do entusiasmo criado pela população e forças vivas em torno do Rally de Portugal. Em cima da mesa, estará um regresso ao Norte de Portugal.
«O Algarve e Baixo Alentejo são uma solução perfeita em muitos aspetos, mas é preciso ter outras, de modo a encontrar sempre e a cada momento a solução ideal. Nesse aspeto, as coisas estão em aberto», considerou, em abril, o diretor da prova Pedro Almeida. O mesmo responsável afirmou, na altura, como já havia feito cerca de um ano antes, que «o Rally é de Portugal «e não do Algarve», ou de qualquer outra região do país.
Declarações que não retiram a esperança a Vítor Aleixo, que espera uma decisão do ACP «para breve». «Temos continuado a insistir e tenho a expetativa positiva que o ACP vai decidir bem», ou seja, pela continuidade do rali no Sul.