A comunidade estrangeira residente em Olhão vai unir-se para tentar travar algumas das medidas previstas na proposta de revisão do Plano Diretor Municipal daquele concelho, nomeadamente intervenções de regeneração urbana na baixa da cidade.
Amanhã, sábado, às 18 horas, haverá um plenário aberto ao público, na Sociedade Recreativa Olhanense (Velha), de onde os organizadores contam que saia uma petição pública, que será entregue na Câmara de Olhão, no âmbito do processo de Discussão pública da proposta de revisão do PDM, em curso até 10 de dezembro.
Na convocatória, enviada às redações, o grupo de cidadãos estrangeiros apela à participação, alegando que «Olhão está debaixo de uma ameaça maior do que quando foi invadida pelos franceses».
Em causa, os planos da autarquia para a Baixa de Olhão e bairros típicos que ali existem, que consideram que irá desvirtuar a zona mais antiga da cidade, que ainda conserva casas de traça bem antiga, que vêm sendo compradas, em boa parte, por cidadãos de outros países.
Entre as medidas que podem merecer objeção, estão a substituição da calçada portuguesa por pavimento de pedra, cortada industrialmente (como aconteceu na obra do Caminho das Lendas, muito criticada por esse motivo) «incluindo a Rua do Comércio e a Rua Vasco da Gama», o corte integral do trânsito na baixa, a instalação de mobiliário urbano e outros elementos modernos e a elevação da quota dos prédios situados junto à Avenida 5 de Outubro, o que «irá tapar a vista das casas que estão atrás deles», entre outras.