Se tem mais de 18 anos e uma ideia de negócio inovadora, concorra ao «Ideias em Caixa» do CRIA – Divisão de Empreendedorismo e Transferência de Tecnologia da Universidade do Algarve (UAlg). Este não é, mas até podia ser, o slogan do concurso que a universidade está a lançar pela quarta vez e que pretende dar corpo a boas ideias de negócio que estejam apenas “no papel”.
A iniciativa do CRIA, realizada desde há dez anos, pretende promover o empreendedorismo jovem no Algarve, com enfoque na inovação. Aqui, as ideias valem prémios e um forte apoio para que sejam mais do que isso.
A fase de candidaturas para o 4º «Ideias em Caixa» já está aberta e dura até dia 28 de fevereiro. Os interessados deverão preencher o formulário de candidatura disponível no site do CRIA, com a descrição sucinta da ideia de negócio e enviá-lo para o email ci2013@ualg.pt.
Das candidaturas apresentadas, 30 vão passar a uma segunda fase, de maturação e aceleração das ideias de negócio. Depois deste processo, que dura entre os dias 10 e 28 de março, é levada a cabo a avaliação final, pelo júri do concurso.
No fundo, «o modelo mantém-se o mesmo em relação às três edições anteriores, até porque tem funcionado muito bem», revelou ao Sul Informação o diretor do CRIA Hugo Barros.
Pode-se mesmo dizer que o concurso de ideias da Divisão de Empreendedorismo e Transferência de Tecnologia da UAlg «ganhou asas» devidos aos resultados que tem obtido, que se traduzem no impulso à criação de diversas empresas inovadoras, muitas das quais vingaram.
«A grande novidade desta 4ª edição é que o projeto passou a beneficiar do apoio de fundos comunitários, na sequência de uma candidatura que apresentámos ao PO Algarve 21, que foi aprovada. Este acaba por ser um reflexo do sucesso do Ideias em Caixa», considerou Hugo Barros.
Desta forma, o concurso passa a ser promovido apenas pelo CRIA, coma Caixa Geral de Depósitos, co-promotor das três primeiras edições, a manter-se «como parceiro institucional».
Surjam as ideias, que o CRIA proporciona o resto
No «Ideias em Caixa», mais do que a área de negócio escolhida, conta a originalidade, validade e exequibilidade da ideia de negócio. Seja no setor primário, na indústria transformadora, nos serviços avançados de tecnologia e turismo, nas indústrias culturais e criativas e na saúde e bem-estar, para dar alguns exemplos, todos os projetos são bem-vindos.
É certo que uma das principais barreiras ao empreendedorismo é a capacidade de planear um negócio, de modo a que este tenha sucesso e sustentabilidade. E é aqui que entram os prémios, que são todos no sentido de ajudar os candidatos a empreendedores a chegar a empresários.
Além de apoio à elaboração de um Plano de Negócios, o CRIA oferece aos 15 primeiros classificados formação básica em gestão, apoio contabilístico, coaching empresarial e ajuda na criação de uma imagem corporativa, entre outros prémios. Os das ideias que ficarem entre o 16º e 30º lugar, terão igualmente direito à formação em gestão.
«Podíamos dar mil euros ao vencedor e dizer: vai lá abrir uma empresa. Mas achamos que é melhor dar-lhes uma série de instrumentos e apoios que lhes permitam fazer o caminho de forma mais segura», ilustrou Hugo Barros.
Todo o modelo é assente nesta lógica de estimular os concorrentes a pensar nas suas ideias e a desenvolvê-las por si próprios, com a ajuda do CRIA e de técnicos especializados.
«A primeira fase, da candidatura, é muito acessível. Os que passarem esta fase, já são obrigados a passar por um período de formação e a consolidar as ideias que apresentaram», ilustrou o diretor do CRIA.
A expetativa de Hugo Barros é ter, pelo menos, tantas candidaturas como no último concurso, lançado em 2010 e que se prolongou para 2011. «Até aqui, o número de candidatos tem aumentado exponencialmente, dobrou a cada edição. Também temos notado uma evolução nas ideias, que têm sido cada vez mais empresariais», disse.
Depois de uma década de experiência, o CRIA já aponta mais alto e foca-se não só em conseguir que as boas ideias escondidas nas mentes de potenciais empreendedores vejam a luz do dia, mas também que «o número de empresas de sucesso, que conseguem manter a atividade mais de três anos, seja cada vez maior».